Quase 6 mil pessoas foram levadas para delegacia durante operação integrada em Mato Grosso do Sul

Operação contou com equipes policiais de outros estados, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Paraná

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(Mirian Machado, Jornal Midiamax)

Quase 6 mil pessoas foram conduzidas para a delegacia durante a 3ª edição da Operação SULMaSSP, realizada no decorrer da semana em Mato Grosso do Sul. Segundo o balanço, 1.197 foram presas, 332 armas de fogo apreendidas, além de 3.358 veículos. 

Foram cumpridos também 332 mandados de busca e apreensão e apreendidas 47,1 toneladas de drogas. 

Já pelo Corpo de Bombeiros, foram feitas 1.833 ações de combate a incêndios e 6.509 vistorias. A Perícia realizou 244 coletas e mapeamento de material genético.

Ao todo estiveram presentes, durante o ‘Dia D’, na manhã desta sexta-feira (10) no estacionamento do Parque das Nações Indígenas, na Rua Antonio Maria Coelho em Campo Grande, diversas viaturas das forças policiais dos 5 Estados, como Rota, BAEP, COE, TOR, Canil, DOF, BPChoque, Garras, PMA, Corpo de Bombeiros, Perícia, Polícia Civil.

Na operação participaram 26.705 policiais civis e militares, 9.107 viaturas, 14 aeronaves, 33 drones, 28 cães e 157 cavalos. 

(Mirian Machado, Midiamax)

Representantes dos Estados envolvidos na operação afirmaram que a SULMaSSP tem grande importância para a segurança pública do país por completo e agradeceram a receptividade do Estado. 

Durante o ‘Dia D’, diversas viaturas de todas as forças policiais envolvidas no combate aos crimes fronteiriços estiveram em exibição no estacionamento do Parque das Nações Indígenas. Helicópteros também fizeram atrações no local.

A operação aconteceu entre segunda-feira (6) e sexta-feira (10). Além do combate aos crimes, a SULMaSSP também visa fortalecer a união entre os Estados permitindo troca de dados e de conhecimentos relacionados à inteligência policial e interesses operacionais.

Coronel Volnei Ceolin, diretor do departamento de planejamento e integração da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, disse que o crime não para na fronteira e que essa união entre os Estados é o que trará paz à sociedade.

“Relatar a importante dessa união das forças da segurança pública. Por muito tempo nós com o delegado sentimos dificuldade de atravessar a fronteira do RS para combater o crime junto à brigada militar e a polícia de Santa Catarina. A gente sabe que o crime não tem fronteiras. O crime não para nas fronteiras. E essa união entre as Polícias Militares, as Forças de Segurança Pública seja nível municipal, estadual, federal, é muito importante que a gente consiga levar paz e tranquilidade para nossa sociedade. Agradeço a oportunidade de estarmos aqui hoje em nome do nosso estado e que essa Operação seja a 3ª edição de muitas edições”, disse.

O Coronel da PM de São Paulo, Alexandre Cesar Pratas, coordenador operacional da PMSP, afirmou que esta é a 3ª edição da operação, mas que já há mais duas programadas. “Quero agradecer a receptividade que a PMSP teve junto ao Mato Grosso do Sul. Nós nos sentimos em casa. Apesar de toda a nossa tropa estar longe de casa, com todos os problemas que tem em casa, trabalharam com afim, com vontade grande e estão aqui promovendo essa segurança interestadual. Hoje estamos na 3ª edição da SULMaSSP, temos mais duas operações programadas e isso é muito importante para que a sociedade civil entenda o quão são importantes as ações de segurança públicas e a segurança pública está sempre a disposição”, discursou.

O secretário adjunto de Segurança Pública de Santa Catarina, coronel Freibergue Rubem do Nascimento, frisou que a SULMaSSP é muito mais que uma operação. “No braço político nós somos defensores do cumprimento integral do regime fechado. Não concordamos com saidinhas temporárias porque impacta diretamente na segurança pública. Outro ponto também muito importante que eu gostaria que a ministra [Simone Tebet] levasse ao Governo Federal que é o uso das câmeras nos policiais. Temos o PL 4822 que busca regulamentar o uso dessas câmeras. Nós consideramos que essas câmeras são coleiras eletrônicas nos policiais, no sentido figurado. Precisamos ter um policial que tenha iniciativa, que busque defender efetivamente, defender a sociedade. Outro aspecto politico é buscar a todo custo a quebra logística do crime organizado. Agradeço muito o trabalho dos secretários. No campo operacional temos aumento significativo no número de apreensão e valorização do nosso profissional. Agradecer a sociedade, esse pessoal aqui formado, esse apoio que agora temos. Essa é nossa missão! Muito obrigado a todos os integrantes das forças policiais. O SULMaSSP é a maior operação de intervenção do país”.

Coronel Jefferson Silva, comandante geral da PM do Paraná, disse que o objetivo da operação é aumentar a sensação de segurança, combater o crime organizado e deixar a marca das polícias como um todo demonstrando a força dos Estados no combate ao crime organizado.

“Para nós do Paraná é uma grande satisfação trabalhar dessa forma conjunta já nesta 3ª fase da SULMaSSP. Dizer que nós do Paraná sempre estaremos à disposição não só nesta operação, mas para atuarmos também em todo território brasileiro”, concluiu.

Representantes dos Estados que fazem parte da SULMaSSP (Mirian Machado, Midiamax)