Os cinco membros da quadrilha presa na noite de domingo (1º), em , após furto de pelo menos 20 caminhonetes também tinha estratégias para tentar burlar investigações para os crimes cometidos. Tudo o que se sabe sobre o crime.

  • A quadrilha havia chegado a Campo Grande há 15 dias e alugado uma casa na Rua dos Caiuás, no bairro Santo Antônio. Um dos membros da quadrilha usou documento no nome de Laerte Martins para fazer o contrato de locação.
  • Os membros tinham funções bem específicas, sendo que, dois membros eram responsáveis por selecionar as caminhonetes e os outros dois eram responsáveis por levar as caminhonetes até , onde elas eram atravessadas para a Bolívia. Os carros eram negociados por R$ 30 mil, com doleiros da região.
  • Já quando perceberam que estavam sendo investigados pela polícia devido ao seu modo de agir, a quadrilha resolveu adulterar as placas e deixar as caminhonetes estacionadas em pontos estratégicos para deixar o ‘crime esfriar' para só depois voltar e buscar os veículos.
  • A quadrilha que era especialista em rastreamento veicular usava um decodificador para abrir as caminhonetes e furtar os veículos, cerca de 20 Hilux. A preferência era por caminhonetes com anos de 2019 e 2022. Dois membros da quadrilha eram sócios em uma empresa de rastreio, em São Paulo.
  • O membro da quadrilha morto em confronto com a PM, Agostinho Mota Maia, também fazia postagens em nome de uma ONG (Organização Não Governamental) que levava seu nome, “Parceiros do Gu”. Constantemente, em suas redes sociais, pedia doações e postava vídeos de ações beneficentes de combate à fome.
Quadrilha furtou cerca de 20 caminhonetes (Divulgação PM)

 Furtos de Hilux e confronto com a PM 

Com as informações, por volta das 22 horas, os policiais encontraram o endereço no bairro Santo Antônio, e lá prenderam cinco integrantes da quadrilha: Adriano Mércio Moreira, Arthur Martins Santana, Jean Phelipe Assis Silva, Hudson Leandro Teixeira Caetano e Rodrigo de Oliveira Fragoso. 

Na casa, foram encontradas duas pistolas, um colete balístico, além de carros que usavam para cometer os crimes: um Voyage, uma Ford Ranger e um HB20 que não estava no local. Um dos ‘cabeças' da quadrilha contou que o outro membro do grupo estava no HB20, na Rua Brasília. Os policiais foram até o local e ao desceram da viatura deram ordem para que Agostinho saísse do carro.

Neste momento, ele saiu e apontou uma arma para um dos policiais que revidou acertando o membro da quadrilha, que foi socorrido, mas morreu na unidade de saúde. 

O ‘cabeça' tinha a atribuição de abrir os veículos e codificava as chaves, Agostinho e outro membro eram responsáveis por selecionar os veículos, e os outros autores eram responsáveis por conduzir os veículos até a cidade de Corumbá, fronteira com a Bolívia. Os veículos eram negociados pelo valor de R$ 30 mil e o pagamento era feito via Pix do doleiro de Corumbá ao doleiro de Belo Horizonte, que após receberem os referidos valores, os dividiam em partes iguais.

Ainda na casa, foram apreendidos cinco chapéus usados para disfarce, além um notebook, um relógio dourado marca Invicta, um relógio Invita prata, um Celular Samsung A32 branco, uma corrente dourada com crucifixo, e também um Rolex.