O acusado de matar com um ‘mata-leão’ Danilo Cézar de Jesus Santos, de 29 anos, no dia 8 de março deste ano, foi pronunciado pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, e deve ir a julgamento. O autor foi indiciado por homicídio qualificado, por motivo torpe e ocultação de cadáver.  

A pronúncia foi no dia 18 deste mês, quando o magistrado negou o afastamento das qualificadoras de motivo fútil por divergência de pagamento entre a vítima e o autor. “Infere-se dos autos indícios de que, em tese, o crime teria ocorrido por tal motivo, como se vê do depoimento da testemunha. Portanto, esse dado fático deve ser avaliado pelos Jurados”, relatou o juiz.

“Finalizando, sobre os crimes conexos – furto e ocultação de cadáver – não cabe a este juízo o valorar, mas o Conselho de Sentença em razão da vis atrativa do crime doloso contra a vida”, finalizou o magistrado. O júri ainda não teve data marcada.

No inquérito, a polícia refez os passos de Danilo, após conversar com amigos que relataram que alguns moradores de rua teriam dito que viram Danilo saindo na companhia do autor após deixar a boate. Quando preso por equipes da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios), o autor mostrou onde estaria o corpo de Danilo.

Ainda no inquérito, o delegado relatou que “há divergências apresentadas pelo autor, que na realidade, seria omissão do que levou o autor e a vítima até o local”. 

O delegado ainda diz que “Danilo teria sido levado até o terreno baldio para afastar qualquer possibilidade de ser reconhecido na região”. Em depoimento, o autor contou que não tinha intenção de matar Danilo, mas apenas desmaiá-lo. 

Imagens de câmeras de segurança

Imagens de câmeras de segurança mostram, momentos depois, ‘Maranhão’ andando sozinho sem a companhia de Danilo. Em outras imagens, tanto Danilo como o autor são vistos andando pelas ruas até que desaparecem.

A vítima teve o celular roubado pelo suspeito, que foi localizado após o corpo da vítima ser encontrado no terreno baldio, três dias após o crime. Há linha de investigação no sentido de que ambos tenham seguido até o terreno para se relacionarem, quando houve a reação do autor, num possível arrependimento. Ainda serão ouvidas outras testemunhas do caso.