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Polícia

Preso em ofensiva contra o tráfico já foi alvo da PF e comandava crime do presídio pelo celular

Ele foi preso durante operação em 2022 e continuou atuando de dentro do presídio
Renata Portela -
Foto: Henrique Arakaki/Arquivo Midiamax

Apontado como uma das lideranças da organização criminosa alvo da Operação Traquetos e preso em Campo Grande na quarta-feira (8), suspeito já foi alvo de ação da Polícia Federal em 2022. Na época, foi preso com o irmão por envolvimento com facção criminosa.

Conforme relatado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o acusado foi alvo da Operação Tarja Preta, da PF. A ação foi feita contra a facção Bonde do Maluco, que atuava com homicídios, tráfico de drogas e armas e lavagem de dinheiro.

No entanto, logo após ser preso e encaminhado ao Instituto Penal, conseguiu uma linha telefônica. Então, passou a se comunicar com os outros integrantes da organização criminosa.

Desta forma, ele seguia negociando comércio de drogas, “relevando sua audácia e importância dentro da organização criminosa”, aponta o Gaeco. Ainda consta na peça que o investigado atuava junto com a esposa.

Ao menos desde 2019, ela era responsável pela organização financeira do grupo criminoso. A partir dela eram feitos Pix para outros integrantes da organização criminosa, para custear viagens e até mesmo ajudar famílias dos presos.

Na apuração das transferências bancárias, foram identificados Pix de altos valores, entre R$ 50 a R$ 30 mil. Além da esposa, o investigado agia com auxílio do irmão, também preso pela PF na Operação Tarja Preta.

Inclusive, em 2022 esteve em São Paulo, possivelmente em reunião com outros criminosos, “potenciais compradores de drogas”, esclarece o Gaeco. Outras duas mulheres também investigadas estariam repassando os valores.

Também consta no documento que o casal não tinha atividade lícita declarada e, mesmo assim, fazia grandes movimentações de dinheiro. O alvo da operação foi preso preventivamente.

CAC foi alvo de buscas

Veículos seriam ‘preparados’ na oficina – Reprodução/Gaeco

Ainda na Operação Traquetos, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na oficina e residência de um investigado, que tem registro CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).

Apesar do mandado de preventiva expedido, ele não foi preso. Já os mandados de busca foram feitos com acompanhamento do advogado, Antônio Cairo Frazão.

Assim, foram apreendidas munições de diversos calibres e também armas de fogo. Ao Midiamax, o advogado esclareceu que será feito pedido para revogar a prisão preventiva, para que o investigado responda em liberdade.

Também segundo ele, as armas apreendidas com registro e demais documentos. Ainda de acordo com o Gaeco, a oficina do empresário seria usada para preparação de veículos com droga.

Veterinário e zootecnista também são investigados

Casal morador no Damha II, veterinário e zootecnista também são alvos da operação. Contra os investigados foi cumprido mandado de busca e apreensão.

Na residência, conforme apontado pelo Gaeco, teriam sido abrigados veículos vinculados ao grupo criminoso, uma Dodge Ram e uma Land Rover. Porém, ainda será apurado se o casal participa diretamente das atividades do grupo criminoso.

Operação Traquetos

O Gaeco deflagrou a Operação Traquetos para cumprir 18 mandados de prisão preventiva e 26 de mandados de busca e apreensão. Alvos são traficantes do Estado que levavam drogas de e Ponta Porã para a Bahia, e São Paulo.

Ainda segundo o órgão, a organização criminosa tinha uma grande rede de batedores. Também havia pontos de apoio nas cidades de Campo Grande, Anastácio e Aquidauana, com o intuito de escoar a droga.

Os mandados foram cumpridos em Anastásio, Campo Grande, Corumbá e . Também conforme o Gaeco, o trabalho investigativo durou cerca de 17 meses, tendo iniciado em agosto de 2021.

Assim, resultou em uma série de prisões em por tráfico de drogas, como ainda identificou a estrutura da organização criminosa.

Organização

Os líderes da organização criminosa ficavam responsáveis pela gestão da atividade. Assim, contavam com apoiadores, que movimentavam o dinheiro oriundo da traficância.

Além disso, as lideranças ostentavam alto poder aquisitivo e costumavam transitar em veículos de luxo. Por sua vez, os “gerentes” participavam da negociação da droga (aquisição e venda) e até do transporte.

Estes eram próximos dos líderes, que acabavam muitas vezes não tendo contato direto com a substância entorpecente. Já os “batedores e transportadores” serviam para efetivar o transporte do entorpecente.

Por fim, os “guarda-roupas” atuavam como armazenadores da droga na cidade de Campo Grande, até que saísse com destino a outros estados da Federação.

O nome da operação faz alusão à “cultura traqueta”, que é composta por hábitos, termos e símbolos que foram criados nos primeiros anos dos cartéis de drogas de Medellín e Cali. Na Colômbia, os narcotraficantes à moda antiga são conhecidos como “traquetos”.

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