Operação da PF contra o ‘Bonde do Maluco’ prende irmãos com dinheiro e armas em Campo Grande

Líder da facção foi morto em MS em 2019

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Operação cumpriu mandados em vários estados (Divulgação, PF)

Nesta quinta-feira (24), a Polícia Federal realizou a Operação Tarja Preta, contra a facção criminosa BDM (Bonde do Maluco), e cumpriu mandados em Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, um homem de 40 anos foi preso com o irmão, de 29 anos, no Santo Amaro.

Alvo de mandado de prisão preventiva, o acusado de 40 anos foi detido em casa. No local, foram apreendidas 5 armas de fogo, revólveres calibre 32, 38 e 22. O irmão, de 29 anos, também acabou detido em flagrante pela posse ilegal de arma de fogo, mas foi liberado após pagar fiança de R$ 1.220.

Na casa ainda foram apreendidos R$ 49.250, que não tiveram procedência comprovada. O acusado alegou que as armas encontradas eram de um tio, que morreu recentemente em decorrência de um câncer. Ele fica preso preventivamente e foi encaminhado ao presídio.

Operação Tarja Preta

A operação foi deflagrada pela Polícia Federal da Bahia, onde foi fundada a facção criminosa BDM. Nesta quinta-feira, foram cumpridos mandados para desarticular a facção criminosa, responsável por crimes de homicídio, tráfico de drogas, tráfico de armas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

(Divulgação, PF)

Em Mato Grosso do Sul, a ação contou com apoio do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais). Ao todo, foram cumpridos 35 mandados de prisão, além de 46 mandados de busca e apreensão em casas e presídios na Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e Santa Catarina.

Também foram determinados pela Justiça a apreensão e o sequestro de bens móveis e imóveis de integrantes da facção, além do bloqueio de 40 contas bancárias. As investigações, iniciadas em maio de 2020, revelaram o organograma da facção e as funções desempenhadas por cada um dos membros.

Foi identificado que grande parte das ordens dos crimes saíam de dentro dos presídios para que os graves crimes fossem cometidos. Os dois principais líderes da facção foram transferidos para Presídio Federal, já que seguiam comandando a facção mesmo presos.

Zé de Lessa

Em 4 de dezembro de 2019, ação policial em Coronel Sapucaia, na região de fronteira com o Paraguai, terminou com a morte de José Francisco Lumes, o Zé de Lessa. Ele é apontado como um dos fundadores da facção criminosa BDM e era procurado pela tentativa de assalto a um carro-forte dois dias antes.

Na época, a SSP-BA (Secretaria de Segurança Pública da Bahia) apontava Zé de Lessa como o bandido mais procurado daquele estado. No ‘Baralho do Crime’ da secretaria, que reúne os principais criminosos, ele era apontado como o ‘Ás de Ouro’.

Zé de Lessa tinha envolvimento com ataques a bancos, assaltos a carros-fortes, sequestros e tráfico de drogas. Ele se escondia no Paraguai e era responsável por repassar droga do Paraguai até a Bahia, para abastecer o BDM. Zé de Lessa começou na vida do crime assaltando instituições financeiras.

Ele também foi apontado como autor do assalto ao carro-forte em 6 de junho de 2017, na região de Amambai.

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