O dono de uma conveniência, preso com outros dois jovens na avenida Willian Macksoud, na região das Moreninhas, na última terça-feira (19), alegou que não sabia que as caixas encontradas em seu comércio continham drogas. O trio nega envolvimento com a droga e diverge os depoimentos. Foram apreendidos 830 kg de maconha, avaliados em cerca de R$ 6 milhões.

À polícia, ele explicou que recebeu as caixas de um colega, que conhece há 9 anos e que pediu para guardar no local no sábado (16) para pegar na segunda-feira (18). Diante da amizade, aceitou, mas disse que não sabia do conteúdo das caixas, nem estranhou o odor. 

Na terça-feira (19) teve uma discussão com o colega para cumprir o combinado de retirada das caixas do local, e o mesmo disse que iria retirar, momento em que a polícia apareceu no local. 

Ele ainda negou ter recebido qualquer valor para guardar as caixas e disse que fez por amizade.

Já esse ‘amigo’, que já responde a um processo por tráfico, contou à polícia que estava na conveniência ingerindo bebida alcoólica como sempre. Ele mora próximo do comércio e sempre passa no local após o serviço. Negou qualquer envolvimento com a droga e disse que não fazia ideia de que o local armazenava droga.

Já o motorista do HB20, contou que recebeu uma ligação de desconhecido para acompanhar este último jovem citado, em uma entrega de mercadoria. À polícia ele negou saber do conteúdo das caixas, mas que receberia R$ 2 mil para acompanhar o transporte até o terminal Morenão. Disse que posteriormente receberia a localização para deixar as caixas. 

O trio teve a prisão convertida em preventiva e deve continuar preso.

Prisão de trio

O trio foi autuado por tráfico e associação ao tráfico de drogas. O mais velho do grupo, de 39 anos, é o dono da conveniência, os outros dois têm 29 e 36 anos. O prejuízo estimado aos traficantes é de R$ 6 milhões de reais. Um veículo, HB20, foi apreendido, com adesivo do Uber. Mas a polícia ainda investiga se o carro fazia ou não corridas para o aplicativo, ou se era apenas uma forma de tentar despistar a polícia.

Após denúncias anônimas, investigadores da Denar já monitoravam o local e chegaram a uma conveniência, nas Moreninhas. Os tabletes da maconha estavam guardados em caixas de papelão e seriam levados para outros estados. “A investigação aponta que ali seria um tipo de depósito e o entorpecente seria distribuído para cidades dos estados de São Paulo e Paraná”, disse o delegado André Mendonça.