Policial Militar preso por extorsão em negociação de casa é expulso da corporação em MS
Policial foi contratado para cobrar ‘rolo’ e receberia R$ 1,5 mil
Thatiana Melo –
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Foi expulso das fileiras da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, o militar Osmair Carlos de Moura. O policial chegou a ser preso em abril de 2020 acusado de extorsão ao ser contratado para cobrar ‘rolo’ de negociação de uma casa.
Ele chegou a ser reformado ex-officio, com decisão publicada no Diário Oficial, em setembro de 2022. Nesta sexta-feira (24), foi publicada a expulsão do policial, por decisão judicial: “expulsar do efetivo inativo da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, de acordo com os autos da ação nº 0003147-54.2020.8.12.0800 com fundamento no art. 102 do Código Penal Militar.”
O policial foi preso ao ir cobrar ‘rolo’ da negociação de uma residência onde ele receberia o valor de R$ 1,5 mil. Na época, o militar ainda teria levado dois comparsas para ‘ajudar’ na cobrança.
A extorsão
Osmair foi contratado para cobrar um ‘rolo’ de negociação de um imóvel. Depois de sete meses de negociação e um sinal de R$ 8 mil dados para garantir a compra do imóvel, o interessado teria desistido e cobrado a devolução do dinheiro por parte do proprietário, que informou que no contrato havia uma cláusula que especificava que em caso de desistência, o valor não seria devolvido por conta de despesas administrativas.
Mas, insistentemente, o homem ligava fazendo cobranças da devolução do dinheiro e ameaças, sendo que teria ‘contratado’ um policial militar para fazer a cobrança do valor. O PM teria ido até à residência do vendedor com outros dois comparsas e feito ameaças.
Na casa, estava a filha do homem, uma policial civil, que avisou o marido que é sargento da Polícia Militar sobre os fatos. Quando o sargento chegou ao local, flagrou o militar tentando arrastar sua esposa pelo braço para dentro de um carro. Ela já havia se identificado como policial e dado voz de prisão aos autores, que desobedeceram.
O cabo da PM foi desarmado pelo sargento que pediu reforço. Antes da chegada dos outros policiais, ele fez ameaças dizendo: “isso não vai ficar assim”. Na delegacia, foi descoberto que o cabo receberia R$ 1.500 para fazer a cobrança do valor do desacerto comercial.
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