Policiais Penais Federais protestam por regulamentação da carreira em Campo Grande

Uma das exigências ao Governo Federal é que seja cobrado nível superior para a atuar como Policial Penal Federal

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
(Divulgação)

Policiais Penais Federais realizam um protesto cobrando alteração da exigência de nível intermediário para o superior para ascensão à carreira em todo o Brasil. Em Campo Grande, o protesto será nesta terça-feira (5) às 9 horas da manhã em frente a Penitenciária Federal.

O MGI (Ministério de Gestão e Inovação) pretende regulamentar a carreira com nível médio, o que gerou preocupação e insatisfação por parte da FENAPPF (Federação Nacional da Polícia Penal Federal).

“É preocupante no contexto do combate ao crime organizado, pois diante da crescente complexidade e sofisticação das atividades criminosas, exigir nível intermediário de escolaridade é insuficiente, inadequado e imoral perante os desafios contemporâneos que o controle social impõe, uma vez que o eficaz enfrentamento ao crime organizado é um dos maiores clamores da sociedade atual”, diz trecho da nota enviada a imprensa.

Para a federação, é importante a exigência do nível superior visto que os policiais são ameaçados diariamente. “Como se já não bastasse aos policiais, enquanto pessoas humanas, receberem ameaças diárias de membros do crime organizado, agora também todo o corpo da Polícia Penal se vê vitimizado pela ameaça de morte da categoria”, justificou.

O presidente do SINPPF/MS (Sindicato dos Policiais Penais Federais em Mato Grosso do Sul), Renan Gomes da Fonseca, também explicou que a proposta de exigir somente nível médio é um retrocesso.

“No exato momento que vemos uma crise generalizada de segurança pública impulsionada pela modernização de atuação e crescimento do crime organizado, o Governo Federal propõe um verdadeiro retrocesso para a regulamentação da Polícia Penal Federal. A pergunta que fica é: a quem interessa uma polícia fraca e um crime organizado cada vez mais forte? À PPF não interessa, nem muito menos à sociedade brasileira.”

Presídio Federal de Campo Grande (Arquivo Midiamax)

Conteúdos relacionados