A Polícia Civil através da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Coxim, cidade a 253 km de Campo Grande, investiga o envenenamento de uma mulher na cidade. O caso aconteceu há cerca de um ano, segundo a delegada responsável pelo caso, quando a mulher chegou a ficar 18 dias em coma, porém só agora veio à tona, após os resultados dos laudos e exames constatarem que a vítima ingeriu junto a alimentos uma substância de inseticida.

A Perícia Criminal identificou o veneno. Foram encaminhados para o IALF (Instituto de Análises Forenses) duas embalagens contendo restos de alimentos e uma garrafa pet com líquido, que foram analisados. Os peritos criminais do IALF constataram a presença na comida de carbofurano, um conhecido inseticida utilizado para combater as mais diversas pragas na lavoura.

Segundo a polícia, a substância é proibida no Brasil. Os carbofuranos tiveram uso proibido no Brasil, a partir da Resolução da Diretoria Colegiada da ANVISA/ RDC 185, de 18 de outubro de 2017, mas são introduzidos no Brasil através de contrabando do Paraguai.

Conforme explicou a delegada da DAM de Coxim, Andressa Vieira, ao Midiamax, está sendo investigado se o envenenamento foi realmente proposital ou acidental, isso porque na época dos fatos, após a vítima acordar do coma, ela foi ouvida e disse que chegou a suspeitar do envenenamento. Não foi informado se a mulher tinha algum boletim de ocorrência contra o marido, porém havia algumas discussões entre os dois, mas nada grave, segundo relatado.

Após a comprovação por meio de laudos e exames sobre o envenenamento, a mulher foi novamente chamada na delegacia e neste novo depoimento já não suspeitava mais. Disse que acredita que o que aconteceu foi um acidente. Ela continua com o marido atualmente.

Ele também foi ouvido e negou que tenha envenenado a esposa. Disse que pegou a comida na casa dos pais dele, sendo a mesma comida que os pais comeram.

A polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do homem na quarta-feira (2). “Vários frascos foram apreendidos na casa dele para análise se contém a substância tóxica. Vamos investigar se foi proposital ou não”, explicou a delegada.

Frascos foram apreendidos e encaminhados para análise. (Polícia Civil)