A Polícia Civil está investigando a morte de uma mulher cadeirante, de 59 anos, na calçada no Hospital Auxiliadora em Três Lagoas, cidade a 326 km de Campo Grande. A suspeita é de funcionários tenham negado atendimento à Rosania Cândida da Silva na noite de sábado (16).

Conforme o boletim de ocorrência, a mulher chegou ao Pronto-Socorro pela avenida Rosário Congro pedindo ajuda, pois estava passando mal.

Dois funcionários do hospital, que atendiam na recepção, teriam ido até o Pronto Socorro e informado a uma equipe médica sobre o caso da mulher, mas médicos e enfermeiros teriam falado que a mulher teria que buscar atendimento primeiro na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), porque o hospital atendia apenas pacientes transferidos de lá ou levados diretamente pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e por isso não poderiam realizar o atendimento.

A mulher ficou do lado de fora e quase uma hora depois, passou a convulsionar no chão. Segundo apurado pelo RCN67, duas pessoas ligaram para o Samu, que ao chegar no local constatou que ela estava em parada cardiorrespiratória e fizeram manobras de ressuscitação. Depois, uma médica pediu para que levassem a mulher para dentro do pronto-socorro, mas a mulher acabou morrendo na calçada.

O caso foi registrado como morte a esclarecer após testemunhas denunciarem suposta omissão de socorro, por parte dos funcionários do Hospital.

Em nota, o hospital se solidarizou com a família da paciente. Disse que Rosário foi encaminhada pelo Samu, na noite de sábado (16) e nega negligência.

“Em nenhum momento a paciente procurou atendimento junto ao Hospital Auxiliadora, antes do ocorrido. O Samu encaminhou a paciente ao hospital no último sábado, o atendimento foi de imediato e a mesma foi diagnosticada com parada cardiorrespiratória. A equipe de plantão realizou todos os procedimentos e recursos para reanimar a paciente, porém, infelizmente ela evoluiu a óbito”.

O hospital ainda afirmou que foram realizados todos os protocolos de acolhimento e triagem preconizados pelo Ministério da Saúde em seu Pronto Socorro e que iniciou uma apuração interna.