PM que facilitava entrada de drogas na Máxima tem pena reduzida pela Justiça

PM foi condenado inicialmente a 13 anos de prisão

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PM foi preso em ação da Corregedoria – Foto: Henrique Arakaki/Arquivo Midiamax

O Policial Militar Aguinaldo Medina, condenado a 13 anos de prisão por corrupção passiva e associação para o tráfico de drogas por facilitar a entrada de drogas no Presídio de Segurança Máxima, teve a pena reduzida pela Justiça. 

A redução da pena de acordo com o Código Penal Militar, as sanções foram unificadas e a pena reduzida para 7 anos e 2 meses de reclusão, em regime inicial fechado. O pedido de recorrer em liberdade foi negado pela Justiça. A decisão é do dia 16 de dezembro de 2022.

O julgamento que condenou o militar a 13 anos ocorreu em setembro de 2022, por meio do Conselho Permanente de Justiça da PM e presidido pelo juiz Alexandre Antunes da Silva, da Auditoria Militar, na época, e também foi aplicada a pena acessória de exclusão dos quadros da PMMS, por maioria de votos.  

Recebeu Pix de R$ 22 mil

A denúncia oferecida pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) mostra que o esquema montado por Medina foi descoberto após a prisão de Gleisson Rogers Araújo da Silveira, em janeiro, por um homicídio cometido dias antes. Na prisão, os policiais militares encontraram porções de maconha enroladas como bolas.

Gleisson confessou que a droga seria arremessada para dentro da Máxima. Para isso, havia uma espécie de acerto com os policiais que trabalhavam nas muralhas, para que fizessem vista grossa. No dia 6 de janeiro, ele já teria pago R$ 1 mil para Medina, por meio de Pix.

Os militares levaram os fatos ao conhecimento da Seção de Investigação e Inteligência da Corregedoria. Assim, foi identificado que Medina trabalhava no Batalhão de Guarda e Escolta, confirmando as informações de Gleisson.

Foi solicitada judicialmente a quebra do sigilo bancário do sargento, sendo analisado o período entre 1º de dezembro de 2021 e 31 de janeiro de 2022. Ao todo, foram R$ 22.650,55 recebidos só neste período, por pessoas ligadas ao sistema prisional de Campo Grande.

Conforme detalhado pelo MPMS, constam depósitos feitos por uma só pessoa, de R$ 800 e R$ 400 no dia 1º de dezembro de 2021. No dia seguinte, Pix de R$ 1 mil. Já no dia 6 daquele mês foram depósitos de R$ 700 e R$ 500,55. No dia 14, dois Pix de R$ 1 mil e um de R$ 500. Em 6 de janeiro, mais um Pix de R$ 6 mil.

No entanto, ainda havia várias outras transferências, feitas por outras pessoas ligadas a detentos. Na véspera de Natal, em 24 de dezembro, Medina recebeu na conta bancária R$ 3 mil de uma mulher, ligada a Gleisson. A denúncia aponta várias transferências, que totalizaram os mais de R$ 22 mil.

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