Maníaco do Parque das Nações: pai ajudou polícia a encontrar e prender estuprador

José Carlos Santana fez até faculdade enquanto estava preso por estuprar 10 mulheres em Campo Grande

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Pai do maníaco do parque (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Desnorteado e sem saber o que pensar ou como agir: assim está o policial militar aposentado de 64 anos, pai do ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’, que teria ajudado a Polícia Civil a encontrar José Carlos Santana, de 37 anos, segundo o idoso. Em 2007, o ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’ foi preso por estuprar 10 mulheres.

O policial contou ao Jornal Midiamax que está suportando a situação e que quando José entrou para o regime domiciliar, acreditava que o filho havia mudado. “Ele ficou tanto tempo preso, fez faculdade dentro do presídio. Eu acreditei”, disse o idoso chorando. 

Com as mãos trêmulas, o pai do ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’ disse que questionou o filho por diversas vezes se estava tudo bem, se ele estava pisando na ‘bola’ e sempre tinha como resposta que estava tudo em ordem, estava tudo bem. O militar aposentado ainda falou que José frequentava a igreja.

“Todo mundo acreditou que ele tinha mudado. Ele já ia ficar livre e faz tudo de novo”, falou o idoso. O militar, que está aposentado há 15 anos, ainda disse que a atual esposa de José Carlos está arrasada e revelou que ela também acreditava na mudança do marido. A mulher sabia do passado do ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’. 

Na segunda-feira (2), antes da prisão do filho, o militar contou que estava em sua chácara em Terenos, quando cerca de 20 policiais chegaram perguntando sobre ele. Quando ficou sabendo que José estava sendo procurado por vários estupros, ficou sem acreditar. Ele acabou ajudando a polícia a encontrar o filho para a sua prisão.

‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’ visitou pai antes de ser preso

O militar falou que no domingo (1º) o filho foi até a sua chácara levar o carro que estaria com problemas no amortecedor e rolamento. José Carlos ainda foi questionado pelo pai se estava tudo bem, e recebeu como resposta que estava tudo bem. 

“Ele não bebe, não fuma, não usa drogas. Só pode ser doença”, disse o idoso. Segundo o policial aposentado, foi ele quem deu dinheiro para o filho montar o lava a jato, comprou o carro. “Eu só quero esquecer tudo isso”, disse o policial.

Vida e estupros na Espanha

O pai do ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’ ainda revelou que foi ele quem deu dinheiro para José e a namorada irem para a Espanha, já que eles queriam uma oportunidade. Na Europa, o casal ficou por três anos, e José Carlos trabalhou na área da construção civil.

Com esta namorada, José Carlos tem uma filha de 13 anos. Quando voltou para o Brasil, o militar disse que não sabia que o filho tinha estuprado duas mulheres no país. Só ficou sabendo quando José Carlos foi preso em 2007. Na época da primeira prisão, ele disse que pensou em se matar ao ficar desnorteado com tudo que aconteceu. 

“Só pode ser doença, não tem explicação”, falou o pai de José Carlos.

Prisão em operação Incubus

A Operação Incubus, deflagrada na manhã de terça-feira (3), em Campo Grande, pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), prendeu o ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’. Ele havia estuprado mais de 10 mulheres, em 2007.

De acordo com a delegada Elaine Benicasa, após ser solto há dois anos, o ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’ voltou a atacar e estuprar mulheres na região Central da cidade. Ele foi preso em 2007 depois de estuprar mais de 10 mulheres. 

Outros mandados de prisão por violência doméstica estão sendo cumpridos em vários bairros da cidade. Não há informações de quantos agressores foram presos e como se deu a prisão do ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’.

Na época da prisão de José Carlos Santana, ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’, o local chegou a receber reforço policial. Uma operação foi realizada para a sua prisão. Ele estava sendo procurado pela polícia espanhola por estuprar duas meninas, e para não ser preso veio para o Brasil, vindo para Mato Grosso do Sul.