Com pedidos de extradições de brasileiros pesos no , no âmbito da Operação Dako, que investiga o tráfico internacional de armas no Brasil, Paraguai e Estados Unidos, PF (Polícia Federal mapeia negociações entre fornecedores e organizações criminosas. Os principais alvos são o CV (Comando Vermelho) e o PCC (Primeiro Comando da Capital).

Os braços da quadrilha, segundo as investigações, viabilizavam o tráfico internacional de armas, desde a compra de fuzis, pistolas e munições da República Tcheca, Eslovênia, Croácia e até sua distribuição para as mais poderosas facções do crime no Brasil. Toda a ação criminosa inclui logística, como compra, exportação, fornecimento, depósito e exportação.

Dados da operação revelam, como já foi abordado pelo Jornal Midiamax, estreita ligações entre empresários, doleiros, vendedores armas, políticos e narcotraficantes. Na ponta da linha da conexão que já movimentou mais de 240 milhões de dólares está o argentino Diego Hernan Dirisio, 49 anos, que conseguiu escapar da polícia paraguaia.

Durante as investigações os agentes descobriram que o principal cliente de Dirisio, que é casado com a modelo paraguaia Julieta Nardi Aranda, é um narcotraficante do Complexo do, 36 anos, também conhecido como ‘Professor'. Ele também está na lista de procurados no âmbito da Dakovo, que é uma cidade da Croácia, de onde vieram a maior parte das armas.

Responsável pela aquisição de grande quantidade de armas e punições, o criminoso se apresenta como especialista em armamentos bélicos pesados. “A questão não é o preço, mesmo que você quisesse me dar essa pistola, aqui no Rio não usamos mais esse calibre. “Tem que ser 9, 40, 45!”, disse ele em uma das negociações em que rejeitou um revólver 308.

Ainda segundo informações da PF e também da Senad, ‘Professor' construí uma mansão em plena favela. No local ele já recebeu para tratamento individualizados, lipoaspirações, implantes capilares e clareamento dental.

Diego e a mulher Julieta Aranda são acusados ​​de serem os principais responsáveis ​​pelo tráfico ilegal de armas de fogo na Tríplice Fronteira. Eles comandam a IAS (International Auto Supply), que possui sede em Assunção.

A empresa de Dirisio importava armas da Europa e as revendia no mercado ilícito, especialmente para grupos criminosos sediados em Ciudad Del Este, que faziam o papel de intermediários do abastecimento das facções criminosas brasileiras.

Dirisio era encarregado de triangular a compra e venda de pistolas, fuzis, metralhadoras e munições que adquiriu com licenças duvidosas de fabricantes na Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia.

A logística da organização comandada pelo empresário argentino tinha apoio de algumas autoridades paraguaias ligadas a instituições que controlam a entrada de armas no país, como a Dimabel (Direção de Material Bélico). Algumas delas já estão presas.