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Polícia

‘Nunca mais teremos ela’: família fala sobre alívio após prisão de namorado de Bruna

Suspeito do crime, o namorado foi preso dois anos depois da morte
Thatiana Melo -
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Bruna foi assassinada pelo próprio companheiro (Reprodução, Redes Sociais)

Um misto de alívio, saudade e revolta: assim está a família de Bruna Moraes Aquino, assassinada aos 22 anos, em setembro de 2021. O namorado acabou preso suspeito do crime. O frentista, de 35 anos, foi detido pela Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande, em cumprimento ao mandado de prisão preventiva por feminicídio, dois anos depois do crime.

Para a família ainda ficam muitos pontos de interrogação: “por que ela?” A ausência de Bruna nunca será preenchida mesmo com a prisão do suspeito, mas encontrar respostas sobre o que de fato aconteceu no dia 1º de setembro pode gerar alívio aos familiares.

Bruna é lembrada por ser amorosa, carinhosa, uma boa mãe e sempre disposta a ajudar as pessoas. A família diz que Bruna reclamava do ciúme excessivo do namorado e o relacionamento era bastante conturbado. No dia da morte da jovem, ela conversou com um familiar e aparentava estar bem. 

Neste dia, foi lembrado que Bruna disse que queria falar com a tia, assim que saísse do trabalho, mas “não deu tempo”. A filha de Bruna, que está com 4 anos, sempre pergunta pela mãe, mas não sabe sobre o crime. “Falamos sempre que papai do céu precisava da mãe dela no céu, e que todos nós um dia iremos ver ela”.

Investigações

O delegado Christian Duarte Mollinedo, da 4ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, explicou que durante as investigações, o namorado de Bruna mudou de endereço e trocou o número de telefone. Além disso, segundo o delegado, nunca foi comprovada a tese de que eles foram surpreendidos por uma terceira pessoa, como alegou em depoimento sobre o caso.

“Ela foi morta em um local ermo, sem câmeras de segurança, sem testemunhas. Ele diz que uma pessoa tentou matá-los, mas ele ficou livre esse tempo todo e ninguém nunca atentou contra a vida dele. Além de que, temos vídeos de testemunhas que foram ameaçadas por ele, que chegou a mandar foto dele armado para algumas delas. Muitos dos que foram ouvidos disseram que o namoro era bastante conturbado. Acreditamos que foi uma situação de crime passional”, afirma.

Morte de Bruna

Bruna foi assassinada a tiros, no dia 1º de setembro de 2021, quando estava com o namorado no carro dele. O casal estava próximo ao macroanel rodoviário, no Itamaracá, em uma rua de chão. Bruna foi atingida no pescoço, o namorado dela, apontado como suspeito, apresentava um ferimento provocado por um tiro de raspão no braço.

Na ocasião, o frentista contou à polícia que ele e a vítima estavam no carro quando foram surpreendidos por um desconhecido que chegou a pé, com um capacete nas mãos e armado.

Conforme os relatos do namorado de Bruna, o homem realizou vários disparos contra o veículo, acertando ele de raspão no braço, mas atingindo a vítima por duas vezes no pescoço.

Em seguida, quando viu que a namorada sangrava demais, correu para tentar socorrê-la, levando-a para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Universitário. No local, os médicos tentaram a reanimação, mas Bruna já estava morta. O namorado também apresentava ferimentos de arma de fogo no braço e ficou internado por oito dias.

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