Mulher vítima de acidente esperou por mais por duas horas para ser socorrida após sofrer acidente no cruzamento da Rua Vitório Zeola com a Rua Nagib Ourives, região do Carandá Bosque em Campo Grande, na noite desta quinta-feira (23). Por sorte, ela não sofreu graves ferimentos

De acordo com testemunhas, o acidente aconteceu às 17h15. Ela foi levada para atendimento consciente e orientada, com escoriações, pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) por volta das 19h40. O BPTran (Batalhão De Policia Militar De Trânsito) foi acionado às 17h28.

Conforme apurado, condutora de um veículo VW Gol seguia pela Vitório Zeola no sentido leste – oeste e, no cruzamento deu seta à esquerda para entrar na Nagib Ourives. Ao fazer a conversão à esquerda, acabou atingindo a mulher que seguia no mesmo sentido, e estava ao lado esquerdo de seu veículo.

“Absurdo, ninguém merece ficar caído no asfalto por mais de uma hora”, disse um professor que se identificou como Edson. “Mesmo sendo horário de pico, nesse horário tinha que ter mais Samu, mais Bombeiro. Se tivesse com uma hemorragia, estava morta”, disse o corretor de seguros, Augusto de Souza, de 51 anos. “Não tem viatura”, ressalta Augusto, sobre o momento em que acionou socorro para a vítima de acidente.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), responsável pelo atendimento do Samu, informou que não há déficit de ambulâncias e o problema na demora do atendimento é causado pela retenção de macas das viaturas, em hospitais ou unidades de saúde.

Caso a unidade de saúde não possuir um leito disponível, a vítima que necessita do atendimento, tem que aguardar na maca da ambulância, até a disponibilidade de um leito e, só depois é feito a devolução da maca. Segundo a Sesau, o problema vem ocorrendo desde o começo do ano.

A Sesau também informa que receberá 10 novas macas nesta sexta-feira (24) e que mantêm as tratativas com os hospitais para evitar esse problema, faz o remanejamento e abertura de novos leitos para que seja possível absorver a demanda. Em relação ao Corpo de Bombeiros, a reportagem entrou em contato com a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) que informou que verificará o histórico do Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança) nesta sexta-feira (24) e irá repassar informações.

Outro caso

No último dia 18 deste mês, família de uma mulher de 42 anos, que se acidentou na Avenida Guaicurus, em Campo Grande precisou acionar o socorro particular depois de ser informada que não havia previsão de chegada de uma ambulância do Samu.

Ao tentar o Corpo de Bombeiros, pelo 193, houve a informação de que precisaria aguardar o Samu, pois um chamado já tinha sido aberto no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência por populares e que não poderiam ter dois protocolos abertos para a mesma ocorrência.