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Polícia

Menina de 3 anos morta após ser trocada por drogas já havia sido resgatada de ‘boca’ com irmão

Na ocasião, a mãe estava no local consumindo crack; mulher teve prisão preventiva solicitada pela promotoria
Danielle Errobidarte -
Moradores lotaram a frente do imóvel onde corpo foi encontrado. (Foto: Andy Benitez)

A menina de 3 anos, morta após ser vendida por drogas pela própria mãe, na cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira paraguaia com , a 346 quilômetros de , já havia sido resgatada de uma boca de fumo, junto ao irmão, de 6 anos, dois meses antes. Ela era a caçula de sete irmãos.

Conforme apurado pelo jornal paraguaio ABC Color, a menina de 3 anos foi resgatada pela polícia do , junto ao segundo mais novo, de 6 anos, há dois meses. A mãe foi encontrada no local consumindo crack com outros usuários de drogas.

A menina era a caçula e os outros filhos da mulher – que teve a preventiva pedida pela promotora pública de Pedro Juan após ser presa em – têm 6, 10, 12, 20, 22 e 25 anos.

A jovem de 22 anos chegou a ficar responsável pela menina de 3 e o garoto de 6 após a mãe ser encontrada com os dois na boca de fumo. Entretanto, ela ‘devolveu’ os irmãos porque já cuidava do próprio filho e do sobrinho, de 5 anos, com quem teve que ficar após a irmã, de 20 anos, ser presa.

A jovem de 20 anos está presa na penitenciária de Pedro Juan Caballero porque teria tentado vender seu filho há cerca de três meses. A avó da criança – mãe da menina de 3 anos – teria ‘negociado’ a neta, assim como negociou a filha por 30 pedras de crack.

A adolescente de 12 anos teria sido estuprada pelo padrasto – pai da menina de 3 – e estaria vivendo no mesmo imóvel do desaparecimento, junto a um homem de 30 anos.

O outro irmão, de 10, também estaria causando problemas na vizinhança devido aos roubos que fazia para comprar crack junto à mãe, segundo informaram testemunhas ao ABC Color. O jovem de 25 anos também possui passagens pela polícia.

Devido à filha de 12 anos estar convivendo com o homem de 30, a mãe deve ser indiciada pelo homicídio da menina de 3 anos e também por abuso sexual infantil e violação do dever de cuidar da filha, conforme decisão do procurador José Luis Torres Peña.

‘Boca de fumo’ incendiada

Mais de 300 moradores do bairro Romero Cué, em Pedro Juan Caballero, cidade localizada na fronteira com Ponta Porã, invadiram a residência onde funcionava a ‘boca de fumo’ e colocaram fogo no local. Os vizinhos estão revoltados com a morte brutal da menina Luz Maida.

Investigações da Polícia Nacional apontam que a criança de apenas 3 anos de idade foi deixada no local pela própria mãe em troca de 30 doses de crack na última sexta-feira e encontrada morta no sábado (22) em uma casa abandonada.

O corpo da menina foi levado para Assunção, onde passou por perícias. Há suspeitas de que Luz Maida tenha sido abusada sexualmente. Os requintes de crueldade que envolvem o crime aumentaram o clima de tensão entre os vizinhos e o dono da ‘boca’, que ameaçam fazer um linchamento da envolvida.

Neste domingo (23), o promotor de Justiça José Luis Torres, nomeado para trabalhar no caso, indiciou a mãe da menina e um adolescente de 17 anos, que estariam diretamente ligados ao crime.

30 porções de crack

Fontes do Ministério Público do Paraguai apontam que há evidências de que a menina foi dada pela mãe ao adolescente em troca de drogas. Trinta doses de crack, no valor de G. 100 mil, foi o que a mãe viciada teria recebido por ter desistido da filha.

Ao Jornal Midiamax uma das autoridades policiais em Ponta Porã, que acompanha o caso, disse que a família possui um “histórico de tragédias” e que a mãe estava sob efeito de drogas e se manteve “fria”, enquanto ocorriam as buscas pela menina. A região onde a menina morava é de extrema pobreza.

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