Deflagrada por policiais da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), a Operação ‘Primeiro Gole’ apreendeu mais de 700 garrafas de bebidas alcoólicas falsificadas e descaminhadas em quatro estabelecimentos na tarde de segunda-feira (30), em Campo Grande. Outros 37 cigarros eletrônicos foram apreendidos e uma pessoa, de 33 anos, foi presa.

A operação contou com o apoio de equipes da Dedfaz (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações, Falimentares e Fazendários) e o Procon (Secretaria-Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor). 

O primeiro estabelecimento vistoriado foi no bairro Coophavilla II, que teve suas atividades suspensas pelo Procon/MS (Secretaria-Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor) devido à falta de alvará de funcionamento válido, indícios de falsificação, produtos sem informação em português e falta do CDC (Código de Defesa do Consumidor). As atividades só poderão retornar após a regularização por parte do proprietário. 

Bebidas sem procedência foram apreendidas. (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Outros comércios vistoriados foram nos bairros Santa Fé, Vila Planalto e Vila Alba. Além de trazer prejuízos à saúde, o comércio de bebidas alcoólicas falsificadas impacta os bons fornecedores que pagam os seus impostos, mas não conseguem fazer frente aos preços dos produtos irregulares, de acordo com o delegado titular da Decon, Reginaldo Salomão. 

O delegado explicou como funcionou a ação, ressaltando a importância das equipes da Decon e Procon/MS. “Nessa atuação conjunta somamos a expertise da parte do consumidor e criminal. E é muito importante que a população veja no Procon e na Decon um instrumento público para repassar essas informações [sobre irregularidades]”.

O secretário-executivo do Procon/MS, Antonio José Angelo Motti, também esclareceu que a operação coordenada pela Decon resguarda a saúde e segurança do consumidor diante da existência de produtos impróprios para consumo ou que tenham entrado de forma ilegal no Brasil

Após a apreensão, as bebidas falsificadas serão descartadas, enquanto as garrafas irão para a reciclagem. As bebidas descaminhadas, que são bebidas de origem desconhecida, serão levadas para a Receita Federal para que os tributos sejam devidamente pagos.

Sobre o cigarro eletrônico, o dispositivo foi apreendido por ter sua comercialização, importação e propaganda proibidos em todo o território brasileiro.

Preso em operação tinha central falsa de delivery e usava corantes nas bebidas

O homem preso durante a operação tinha uma central falsa de delivery em Campo Grande, onde vários números eram cadastrados e ele registrava um CNPJ falso, dando o nome de uma empresa conhecida, ocultando a sua empresa.

Com isso, os clientes faziam seus pedidos e recebiam carnes estragadas, bebidas vencidas e iam reclamar na empresa da qual achavam que estavam comprando os produtos. Além disso, o homem usava corante em garrafas de vodka e whisky, onde misturava com outra substância para amenizar o gosto na hora de trocar o conteúdo original para um falsificado.