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Polícia

Justiça suspende funções de gerente do Detran-MS alvo de operação contra esquema

Gerente estava envolvido em esquema de recebimento de propina na emissão de documentos irregulares
Thatiana Melo -
(Divulgação PC)

O gerente do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), em Juti, a 311 quilômetros de Campo Grande, alvo da Operação Resfriamento, deflagrada no ano passado pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) teve sua função suspensa.

A decisão foi publicada no dia 15 de dezembro, onde eram determinadas as medidas cautelares diferentes da prisão para o gerente. Adriano Passarelli está proibido de mudar de residência ou se ausentar por mais de 8 dias sem prévia comunicação.

Ele também está proibido de manter contato com os demais investigados, denunciados e testemunhas, além de ter a suspensão do exercício da função pública. Passarelli estava foragido desde a deflagração da operação no dia 8 de novembro de 2022.

Foram decretadas as prisões preventivas do gerente e dos empresários, pai e filho, que serviam de operadores financeiros para a quadrilha. Após a operação, Passarelli entrou de férias, que foram de 16 de novembro até 2 de dezembro, conforme publicado no Diário Oficial.

Esquema 

Durante as investigações, foi descoberta a existência de três grupos com funções bem definidas e delimitadas dentro da organização. O primeiro é o grupo despachante. Este grupo tinha a função de captação de clientes, proprietários de veículos irregulares, que teriam a intenção de regularizá-los indevidamente.

Após a captação dos clientes e pagamento pelo serviço, o despachante encaminhava os documentos para o grupo político, integrado pelos dois servidores públicos da agência de trânsito de Juti.

Por sua vez, os servidores são responsáveis por fazer as alterações falsas no sistema do Detran, mesmo diante das irregularidades do veículo, endereços falsos e ausências de documentos obrigatórios. Para o financiamento do esquema, contavam ainda com o grupo financeiro, composto por pai e filho, que serviam como verdadeiros operadores financeiros da organização. 

Além de pagamentos diretos entre o grupo despachante e o grupo político, que se aproximam de meio milhão de reais, também eram realizadas transações financeiras por intermédio dos operadores financeiros, que, além disso, também seriam responsáveis pela dissimulação e ocultação dos valores movimentados pela organização criminosa. Com o auxílio dos operadores financeiros, mais de R$ 17 milhões foram movimentados pela organização, sendo mais de um milhão de reais transacionados apenas por um dos servidores, com salário em torno de R$ 3 mil.

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