Justiça paraguaia pede extradição de ‘pastor do tráfico’ preso no Rio de Janeiro

Miguel Ángel Insfrán Galeano foi localizado pela Polícia Federal em Vila Isabel na última quinta-feira

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Criminoso era considerado foragido internacional (Foto: Reprodução/Polícia Federal)

O promotor Deny Pak, da Unidade Especializada contra o Narcotráfico de Assunção, com a assistência do promotor de Assuntos Internacionais, Manuel Doldán, solicitou pedido de extradição de procurador para que, em caráter de urgência, de  Miguel Ángel Insfrán Galeano. Ele é conhecido como ‘Tio Rico’ e também como ‘pastor do tráfico’.

Miguel Ángel Insfrán Galeano, conhecido como ‘Tio Rico’ e também como ‘pastor do tráfico’, foi preso nesta quinta-feira (9), no bairro Vila Isabel, no Rio de Janeiro. Há três semanas, a o foragido foi visto circulando pela Avenida das Américas, no Rio de Janeiro, em uma Hilux. 

Investigado pelas autoridades paraguaias no âmbito da Operação Ultranza, desencadeada pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) e que desorganizou uma rede de lavagem de dinheiro do tráfico, ‘Tio Rico’ pertence ao clã Insfrán. Ele também é apontado como autor intelectual do assassinato do promotor Marcelo Pecci, durante lua de mel na Colômbia.

Segundo informações das autoridades paraguaias, há três semanas, a polícia do país vizinho recebeu a informação de que o traficante circulava pela Avenida das Américas, no Rio de Janeiro, em uma Hilux. Com essas informações, começaram a trabalhar na área, conseguiram se aproximar e tirar fotos dele.

Ainda de acordo com as investigações, ‘Tío Rico’ estava no Rio de Janeiro com a intenção de se tornar o maior fornecedor de cocaína para a facção criminosa Comando Vermelho na cidade brasileira e depois estender seu domínio por todo o país.

Ao ser abordado, Miguel Ángel Insfrán disse que havia perdido seus documentos, mas ao chegar à delegacia confessou sua verdadeira identidade. A operação foi realizada pela Polícia Federal, em conjunto com Centro de Cooperação Policial Internacional do Rio de Janeiro e com apoio fundamental da Polícia Civil do Rio.

A ficha criminal do ‘pastor do tráfico’ é extensa. Segundo a Senad, ele começou no crime organizado, cometendo furtos e assaltos à mão armada. Desde então, passou a fazer parte de organizações ligadas ao tráfico internacional de drogas.

Durante a operação Ultranza, os agentes da Senad encontraram propriedades valiosas e carros de luxo. Os bens foram adquiridos com dinheiro do tráfico. Ele também montou igrejas evangélicas no Paraguai que eram usadas como fachada.

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