A Justiça negou o pedido da defesa de Willian Enrique Larrea e Thiago Giovanni Demarco Sena, condenados a 12 anos de prisão por homicídio qualificado doloso, pela morte de Wesner Moreira, morto ao ter mangueira de ar comprimido introduzida ao corpo em lava-jato de Campo Grande

O pedido foi negado e a decisão publicada em Diário da Justiça desta terça-feira (19). A defesa alegou que, “para possibilitar a anulação do julgamento realizado pelo Tribunal do pela alegação de ter sido contrário à prova dos autos exige-se demonstração clara e precisa de que o veredicto do Conselho de Sentença tenha sido manifestamente contrário às provas dos autos e delas dissociada de forma escandalosa arbitrária, fazendo-se necessário submeter o acusado a novo julgamento.”

Mas, por unanimidade, foi negado pela 2º Criminal. Mesmo depois de condenados em júri popular, a dupla irá responder em liberdade até esgotarem-se os recursos.

Júri aconteceu 6 anos após o crime

No dia do julgamento, a mãe de Wesner disse, “Meu luto, virou luta”. Ela ainda revelou que não conseguiu dormir e passou a noite acordada a base de chás e orando muito.

Marisilva contou que o coração dela ficou na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital, junto do filho. Ela fala da alegria do julgamento ter sido marcado, já que os autores achavam que nada ia acontecer.

Ao Midiamax, a mãe de Wesner ainda disse que na época os autores alegaram que era uma ‘brincadeira', mas segundo ela, então, deveriam ter feito entre eles. Ela lembra da brutalidade do caso, “tiraram o sonho dele de servir o quartel e o meu de ter netos”.

Wesner faria 24 anos no dia 7 de junho de 2023. A mãe do rapaz também contou que o filho só ficou vivo até revelar o que tinha acontecido para ela, morrendo dias depois. O irmão de Wesner, Luciano Gonçalves, de 26 anos, falou estar muito ansioso e emocionado e que acredita que tudo vai dar certo.