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Polícia

Justiça manda soltar rapaz que atirou contra policiais em Dourados e entidade contesta decisão

Magistrado é o mesmo que, em 2020, considerou xingamento contra guardas municipais como elogio
Marcos Morandi -
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Associação de policiais criticou decisão (Foto: reprodução, ACS)

A ACS (Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul) em Dourados criticou a decisão do juiz que mandou soltar um jovem que atirou contra policiais militares no último dia 30.

“O rapaz realizou manobras perigosas colocando vidas de terceiros em perigo em local público, não respeitou ordem de parada, fugiu na contramão e sobre a ciclovia e ainda atropelou uma mulher antes de atirar contra os policiais”, disse o diretor Regional da entidade.

No entendimento da ACS, durante audiência de custódia, o magistrado afirmou “estar convencido” de que a versão apresentada pelo rapaz é a verdadeira. Ele ainda foi irônico em sua decisão, usando entre aspas a palavra ‘experientes’, referindo-se aos policiais militares.

“A versão apresentada pelo autuado em audiência é que encontra respaldo nos autos, tendo em vista a gravidade das lesões por ele sofridas, praticadas, pelos ‘experientes’ agentes públicos, numa ação totalmente desarrazoada, para não utilizar outra expressão”, assinalou.

Ele ainda saiu em defesa do rapaz que atirou contra os policiais militares. “Da autuação de uma infração de trânsito, quase resulta na morte de um ser humano, independentemente se tem folha de antecedentes com três, quatro ou cem páginas. Trata-se de um ser humano”, pontuou. O rapaz em questão tem 37 passagens pela polícia.

Antecedente polêmico

O juiz do caso é o mesmo que, em 2020, disse que uma palavra de baixo calão pode ser considerada elogio e absolveu um homem que xingou guardas municipais em Dourados. “Ser chamado de b****, dependendo da conotação, pode ser até um elogio”, escreveu, ao absolver da denúncia de desacato e resistência o homem.

O magistrado questionou a regularidade da autuação que ele sofreu e afirmou que a denúncia do Ministério Público Estadual representa ‘muita relevância para tão pouca coisa’.

Segundo a denúncia, em outubro de 2019, o denunciado teria resistido a uma autuação por cometer irregularidades ao conduzir sua moto. Ao ser abordado pelos guardas municipais, chamou-os de ‘b****’.

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