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Polícia

Júri de réus da Omertà por execução do filho de PM é cancelado e fica sem data definida

Julgamento já foi remarcado após defesa entrar com pedidos no TJMS e STJ
Renata Portela -
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Matheus foi assassinado a tiros de fuzil - Arquivo

Júri popular sobre a morte de Matheus Coutinho Xavier, de 20 anos, que aconteceria inicialmente de 15 a 17 de fevereiro, depois foi adiado para os dias entre 16 e 19 de maio, agora foi cancelado. Nova data será definida após decisão do STJ sobre habeas corpus.

Após a defesa entrar com pedido para que o réu Jamil Name Filho estivesse em plenário, a poucos dias do julgamento, o júri foi adiado. Depois, o juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, acabou definindo nova data.

No entanto, a defesa composta pelos advogados Luiz Gustavo Battaglin, Eugênio Malavasi e Nefi Cordeiro (ex-ministro do STJ), entrou com novo recurso. Na peça, é esclarecido que decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinada que o júri ficasse suspenso até decisão de mérito do habeas corpus.

Tal habeas corpus definirá se o julgamento ocorrerá de forma presencial ou por videoconferência. Sendo assim, o magistrado cancelou o novo julgamento, atendendo decisão do ministro do STJ Rogério Schietti Cruz.

Agora é aguardada decisão para que nova data seja marcada. Também há preocupação para que exista tempo hábil para possível transporte dos réus até Campo Grande.

Além de Jamil Name Filho, Vladenilson Olmedo e Marcelo Rios também estão detidos no Presídio Federal de Mossoró (RN). A defesa chegou a relatar transferência para o Presídio Federal de Campo Grande.

Assim, o juiz Aluizio dos Santos concluiu que tal decisão de permanência dos réus em Mossoró seria do STF (Supremo Tribunal Federal). Portanto não cabe a ele decisão sobre nova transferência.

Assassinato de Matheus Coutinho

O crime aconteceu em abril de 2019. Na denúncia inicial do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) constavam também outros acusados do crime. Entre eles, estão Jamil Name, José Moreira Freires, que morreram durante o andamento do processo, e Juanil Miranda, que nunca foi encontrado.

Este último ainda consta na lista dos mais procurados do MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública). Assim, narra a denúncia que por volta das 18 horas de 9 de abril de 2019, Juanil e Zezinho teriam assassinado Matheus.

O crime aconteceu na Rua Antônio Vendas, no Jardim Bela Vista. Assim, o relato é de que o crime teria ocorrido mediante orientações repassadas por Vlade e Marcelo Rios, a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho.

Naquela noite, vários tiros de fuzil AK-47 foram feitos contra Matheus. No entanto, os criminosos acreditavam que dentro da camionete estava o pai do jovem, que seria o verdadeiro alvo dos acusados.

Também segundo as investigações, o grupo integrava organização criminosa, com tarefas divididas em núcleos. Então, para o MPMS, Jamil e Jamil Filho constituíam o núcleo de liderança, enquanto Vlade e Marcelo Rios eram homens de confiança, ‘gerentes’ do grupo.

Já Zezinho e Juanil seriam executores, responsáveis pela execução de pessoas a mando das lideranças. Assim, meses depois os acusados acabaram detidos na Operação Omertà, realizada pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros) e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Especial e Combate do Crime Organizado).

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