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Polícia

Juiz se declara suspeito e caso da menina Sophia muda de Vara em Campo Grande

Sophia morreu em janeiro deste ano após ser agredida e estuprada
Thatiana Melo -
(Reprodução)

O juiz Carlos Alberto Garcete se declarou suspeito no caso da menina Sophia OCampo, de 2 anos, que morreu em janeiro deste ano, em , após ser espancada e estuprada. A mãe e o padrasto de Sophia estão presos acusados do crime.

O magistrado se declarou suspeito ‘por foro íntimo’, e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) aprovou o desagravo contra o magistrado, segundo a advogada Janice Andrade, que representa o pai de Sophia.

A suspeição ocorreu após uma confusão com advogados do padrasto e mãe da menina com o magistrado em uma das audiências. Com a suspeição de Garcete, o caso de Sophia deve seguir para a 2º Vara do Júri.

Na noite anterior a morte de Sophia, a mãe e o padrasto fizeram uma festa na casa regada a cocaína e álcool.

‘Minha culpa’

O Jornal Midiamax teve acesso com exclusividade ao vídeo da audiência que aconteceu a portas fechadas no Fórum de Campo Grande. No depoimento, que durou cerca de 36 minutos e foi conduzido pelo juiz Carlos Alberto Garcete, a testemunha revela o que aconteceu momentos depois que o padrasto soube da morte de Sophia. Ele foi avisado pela mãe da menina por meio de mensagens de texto.

A testemunha revelou que, no dia em que Sophia morreu, foi até a residência do casal por volta das 15 horas e ficou na varanda junto do padrasto da menina, mas afirmou que não viu a mulher com a menina sair para o posto de saúde. A mãe deixou a casa às 16h46 em carro de motorista de aplicativo. 

Quando a mãe de Sophia mandou uma mensagem para o marido dizendo que a criança havia morrido, o padrasto ficou perturbado e disse a frase: “culpa minha”, conforme o depoimento da testemunha. Em seguida, os dois foram dar uma volta no bairro e fumar um cigarro. O padrasto, então, começou a chorar e segundo a testemunha “não parecia fingimento”.

Ainda segundo a testemunha, logo após o ‘passeio’ no bairro para fumar, os dois voltaram para a residência, e momentos depois a polícia chegou ao local dizendo que ele iria ser levado para a delegacia, e neste momento, o padrasto não teria esboçado nenhuma reação de surpresa indo com os policiais de forma tranquila. A testemunha relatou que foi para casa após a saída do amigo com os policiais.

Ainda segundo a testemunha, no dia anterior à morte de Sophia, ele foi até a casa para uma festa regada a cocaína, e disse, que era nítido o estado debilitado da menina, “ela estava bem fraquinha”, contou. De acordo com a testemunha, as festas na residência ocorriam pelo menos três vezes na semana e que em uma delas já teria chegado a beijar o padrasto de Sophia na boca. 

Festa regada a cocaína antecedeu morte de Sophia

Durante a audiência, o rapaz foi questionado sobre o que aconteceu no dia e noite de 25 de janeiro, na casa onde morava a menina com a mãe e o padrasto. Em resposta, ele revelou que chegou à residência do casal por volta das 18 horas, já que iriam fazer uma festa. 

Outros dois homens também participaram da festa. Segundo a testemunha, a mãe de Sophia chegou a casa por volta das 19 horas, quando eles resolveram sair para comprar cocaína, nas imediações. As crianças, Sophia e o irmão, ficaram na residência com o padrasto. 

Ainda segundo a testemunha, a mãe da criança foi com ele comprar a cocaína, já que ela iria pagar pela droga. Quando questionado como estava Sophia, o rapaz respondeu que “ela estava molinha”, segundo ele, parecia com a imunidade baixa. Ele ainda falou nunca ter presenciado o padrasto de Sophia espancá-la. 

Foi confirmado por ele que praticamente todos os fins de semana faziam festa com drogas. “Neste dia iríamos comprar a cocaína para ver a potência que ela tinha”, disse na audiência. A testemunha ainda revelou que já havia presenciado brigas entre o casal, com xingamentos e humilhações. 

Sobre pessoas estranhas dormirem na casa e usarem para a prática de atos sexuais, a testemunha contou que ele já teria pernoitado na residência com a namorada algumas vezes e que mantiveram relações sexuais na sala da casa, com as crianças em outro cômodo. 

Já no dia seguinte, morte de Sophia, a testemunha disse que chegou a casa da família por volta das 15 horas e ficou na varanda junto do padrasto da menina, mas afirmou que não viu a mulher sair da residência com a criança para o posto de saúde às 16h46 em carro de motorista de aplicativo. 

“Mas o senhor não estava em frente da casa e não viu a mãe sair com a Sophia?”, foi indagado novamente e ele respondeu que não. “Elas saíram pela janela, então?”, voltou a questionar, mas a testemunha manteve a versão de não ter visto a mãe de Sophia sair com ela para a unidade de saúde, sendo advertida que mentir em juízo é crime. 

Ainda é questionado a ele: “Você não viu uma criança quase morta na casa?” A testemunha respondeu que não e que não sabe quem poderia ter feito mal a Sophia. Ele ainda afirmou não ter visto a mãe da menina mandando mensagens no início da noite dizendo que Sophia havia morrido no posto de saúde. 

Neste dia 2 de junho, Sophia OCampo faria 3 anos, e a festa que teria como tema o fundo do mar não aconteceu. 

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