Juiz marca para outubro julgamento de réu por assassinar ex-mulher com golpe de mata-leão

Feminicídio aconteceu em abril de 2020

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Réu foi preso no dia 25 de abril de 2020 (Foto: Arquivo Midiamax)

Titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri em Campo Grande, o juiz Carlos Alberto Garcete, marcou para outubro o júri de Lucas Pergentino Câmara, de 29 anos, réu por ter matado a ex-mulher, Maria Graziele Elias de Souza, de 21 anos, com golpe de mata-leão em abril de 2020.

Conforme informações do Tribunal de Justiça, o júri será realizado na manhã do dia 17 de outubro e a sentença deve ser proferida durante a tarde.

Feminicídio

O crime aconteceu em abril de 2020, na casa de Lucas, no Bairro Parque do Lageado, em Campo Grande, mas o corpo da vítima foi encontrado cinco dias depois perto da BR-262, aos fundos do residencial Bela Laguna, região próxima ao Coophavilla II.

A vítima, que estava só com roupa íntima e camiseta, foi encontrada em estado de decomposição, por uma motociclista que passava pelo local, e ficou sem combustível. Ela sentiu um forte cheiro, encontrou o corpo e acionou a polícia.

Conforme denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Lucas e Maria Graziele conviveram maritalmente por aproximadamente 8 anos. No entanto, estavam separados quando ele cometeu o crime.

Lucas confessou o crime com riqueza de detalhes. À véspera do feminicídio, os dois passaram a noite juntos. Por volta das 14 horas do dia 14 de abril de 2020, Lucas buscou a vítima no serviço e, em seguida, foram para a casa dele, no Parque do Lageado, para comemorar o aniversário do réu.

Os dois ficaram na residência e chegaram a ter relações sexuais. Depois, ficaram deitados na cama conversando. Durante a conversa, Lucas começou a fazer carinho perto do pescoço de Graziele, nesse momento ela admitiu que tinha medo que ele a matasse. Em resposta, ele disse que a mataria e deu um golpe de mata-leão na vítima, depois a colocou de bruços e a asfixiou com o travesseiro.

Após o crime, o réu foi à casa da ex-sogra e fingiu ter combinado de encontrar Graziele lá. Por volta das 22h30, ele voltou para casa, colocou o corpo dela no carro e foi até a BR-262, onde deixou a vítima nas margens da estrada, onde ela foi encontrada depois de cinco dias.