Dois investigadores acusados pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pelos crimes de peculato e contrabando foram absolvidos nesta terça-feira (28), em Campo Grande.

A sentença foi proferida pelo juiz Marcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal de Campo Grande. Os investigadores foram absolvidos ‘pela inexistência de fato criminoso’.

Os investigadores foram presos no dia 4 de julho deste ano, no Bairro Jardim Universitário, depois de serem denunciados pelos crimes de peculato e contrabando. A denúncia foi feita por um contrabandista que disse que teve uma carga de cigarros furtada pelos investigadores.

Dias após a prisão, em 12 de julho, eles foram afastados de suas funções e um PAD (Procedimento Administrativo Disciplinar) foi instaurado pela Corregedoria para apurar a conduta dos servidores.

Prisão e denúncia

Os policiais foram até o local para averiguar e, uma quadra antes foram abordados pelo contrabandista, que relatou ter tido seus veículos apreendidos sem que nenhuma documentação fosse apresentada a ele. Neste momento, foi flagrado um Fiat Punto saindo do local e, quando abordado, foi percebido que no banco do carona estava um investigador da Polícia Civil.

Já em frente ao barracão estava outro investigador da Polícia Civil. Os veículos estavam estacionados no pátio do depósito carregados com cigarros contrabandeados. Durante a vistoria, em uma caminhonete Amarok de um dos suspeitos que estava na companhia dos policiais civis foram encontradas munições. 

Os policiais disseram que os veículos foram apreendidos no dia 29, e como nenhum policial aceitou receber a apreensão, eles teriam ido até Vista Alegre para trazer os veículos e deixá-los no depósito, já que em princípio não havia espaço na delegacia. Os policiais civis foram levados para a delegacia. A carga de 2.540 cigarros foi apreendida e o caso registrado como peculato, contrabando e porte ilegal de arma de fogo.