Os dois investigadores presos ao furtarem uma carga de cigarros de um contrabandista foram denunciados pelo MPMS (Ministério Público Estadual) pelos crimes de peculato e contrabando. Os policiais civis foram presos, no dia 4 deste mês, depois do contrabandista denunciar os agentes.

O MPMS ainda deixou de propor acordo de não persecução penal, já que a pena mínima ultrapassa 4 anos, inviabilizando a celebração do acordo por não preenchimento do requisito. Também foi deixado de oferecer a suspensão condicional do processo a todos os denunciados.

A promotora que assina a denúncia, no dia 18 de julho, é Cristiane Amaral Cavalcante. Os dois investigadores foram afastados de suas funções no dia 12 deste mês.

Um PAD (Procedimento Administrativo Disciplinar) foi instaurado pela Corregedoria para apurar a conduta dos investigadores. Segundo o corregedor geral, Clever José Fante, o procedimento de investigação criminal já foi instaurado pela Corregedoria. Os dois policiais foram presos por policiais militares, no Bairro Universitário. Os dois investigadores foram denunciados pelo contrabandista que teve a carga supostamente furtada pelos policiais, segundo ele. 

Prisão dos investigadores

Os policiais, então, foram até o local para averiguar e uma quadra antes foram abordados pelo contrabandista que relatou ter tido seus veículos apreendidos sem que nenhuma documentação fosse apresentada a ele. Neste momento, foi flagrado um Fiat Punto saindo do local e quando abordado foi percebido que no banco do carona estava um investigador da Polícia Civil.

Já em frente ao barracão estava outro investigador da Polícia Civil. Os veículos estavam estacionados no pátio do depósito carregados com cigarros contrabandeados. Durante a vistoria, em uma caminhonete Amarok de um dos suspeitos que estava na companhia dos policiais civis foram encontradas munições. 

Os policiais disseram que os veículos foram apreendidos no dia 29, e como nenhum policial aceitou receber a apreensão, eles teriam ido até Vista Alegre para trazer os veículos e deixá-los no depósito, já que em princípio não havia espaço na delegacia. Os policiais civis foram levados para a delegacia. A carga de 2.540 cigarros foi apreendida e o caso registrado como peculato, contrabando e porte ilegal de arma de fogo.