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Polícia

‘Horrorizada’: Vizinha ajudou a socorrer estudante que morreu espancado na Vila Nasser

Moradores disseram que bairro é tranquilo, mas que estão assustados com o crime
Lethycia Anjos, Mirian Machado -
Local onde espancamento aconteceu na noite de quinta-feira (10). (Henrique Arakaki, Midiamax)

Moradores da região da Vila Nasser, onde aconteceu uma agressão com espancamento que terminou na morte do estudante Gabriel Leal Coura dos Santos, de 25 anos na noite de quinta-feira (10), ficaram assustados e traumatizados com a violência do caso. O jovem foi espancado e agredido com uma pedra grande. Ele teve o rosto desfigurado e dois dentes arrancados.

Dente da vítima ainda estava no local na tarde desta sexta-feira (11). (Henrique Arakaki, Midiamax)

Ao Jornal Midiamax, eles relataram que o bairro sempre foi tranquilo e estão chocados com o que aconteceu. Por medo de represálias, ninguém quis se identificar.

Câmeras de segurança flagraram o jovem sendo perseguido e agredido por dupla em uma bicicleta.

Uma senhora que ajudou a socorrer a vítima disse que está traumatizada e que não consegue esquecer a cena. Ela contou que ouviu barulhos e saiu para ver o que era, pois pensou que poderia ser o filho dela, que mora por ali perto.

“Sai e vi dois caras espancando o jovem. Eles estavam com um pedra enorme, quando os vizinhos saíram pra ver o que estava acontecendo eles pegaram a bicicleta e fugiram. Fui lá socorrer e ele estava horrível, sangrando muito, os olhos roxos, rosto inchado aí ficou eu e um motoboy que parou para ajudar”, lembrou a mulher.

A mulher acionou a polícia e os bombeiros, que e segundo ela demoraram muito para chegar. Moradores tentaram socorrer o jovem colocando toalhas.

“Estou horrorizada, não cheguei a ver porque estava no fundo da casa. Quando saí os bombeiros já tinha levado, mas minha sobrinha viu e não conseguiu dormir com a cena ele estava todo desfigurado”, disse uma moradora que tem uma empresa no local. A vítima era amiga do irmão dessa moradora e foi por ele que ela ficou sabendo do crime.

A avó de Gabriel é conhecida na região por vender perfumes, e por isso várias pessoas conheciam a vítima.

Outro morador disse que a irmã mora em frente ao local da agressão e que ela está bastante abalada. “Quando passei aqui de manhã que vi o que tinha acontecido, tinha até um chinelo que acho que era do menino”, disse.

Um jovem que mora na mesma rua de onde o crime aconteceu lamenta ninguém ter ajudado a vítima. “Moro aqui do lado e conhecia ele de vista, na hora eu não estava em casa mas se estivesse teria ajudo ele. Se alguém tivesse tentado impedir ele poderia estar vivo”.

Bairro tranquilo

A senhora que ajudou no socorro disse que o bairro é muito tranquilo e por isso os moradores estão em choque com a situação.

“Esse bairro sempre foi tranquilo, mas a gente fica assustado. Na hora pensei em pegar o carro e ir atrás deles[ autores], mas depois achei melhor ficar prestando socorro ao menino”.

Um comerciante também afirmou que o bairro não é violento. Apesar de não conversar muito, o menino frequentava o comércio.

“Nunca teve problema de violência assim aqui no bairro. Não conhecia muito ele, mas ele sempre vinha aqui comprar refrigerante”, disse.

Um senhor disse que o problema no bairro são as drogas. “Não é nem falta de segurança porque por aqui passa policial e tudo. Isso é coisa de drogas. Essa vila é infestada de ponto de droga, tem uns 16”, afirmou.

No momento em que a reportagem estava no local, familiares faziam buscas por câmeras de segurança para identificar os autores. Abalados, eles não quiseram falar com a imprensa. Um deles apenas afirmou que pelo porte, os autores aparentam serem adolescentes. “Eles sabem que não dá nada para eles por isso fazem isso”, concluiu.

Agressão

À polícia, testemunhas relataram que ele teria sido agredido por dois homens. Uma pedra inclusive teria sido usada nas agressões. “O estado do menino era muito feio e estava saindo muito sangue. A pedra que usaram para bater nele está na rua ainda, toda cheia de sangue”, disse uma pessoa que chegou a ver a vítima no local.

“Ele não falava, provavelmente devido às lesões no maxilar”, disse a testemunha. Os agressores não foram encontrados. 

Segundo a assessoria da Santa Casa, o rapaz morreu às 5h56 depois de dar entrada na unidade de saúde. Ele teve o rosto desfigurado pelo espancamento e chegou a ter dentes arrancados. 

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