Há 3 anos o assassino da florista Regiane Fernandes de Farias, morta no trabalho aos 39 anos, era encaminhado para penitenciária. O crime aconteceu no Bairro Carandá Bosque, em janeiro de 2020. Após assassinar a mulher, o criminoso atirou contra a própria cabeça e ficou internado por alguns dias.

Seutônio Pereira Ferreira, não aceitava o fim do relacionamento e na manhã do dia 18 janeiro de 2020, foi até o local de trabalho de Regiane e a esperou. Quando a florista chegou, ele cometeu o crime, e em seguida, atirou contra a própria cabeça.

Depois que cometeu o crime, Seutônio foi encaminhado para a Santa Casa. No dia 7 de fevereiro, o acusado foi transferido para a penitenciária de Campo Grande.

No dia do crime, um colega da florista contou que, quando a vítima chegou, o ex-namorado desceu do carro armado, momento em que ele colocou todos os funcionários que esperavam a floricultura abrir junto da mulher dentro de uma van, mas ela resolveu sair do veículo para conversar com o ex, que desferiu os tiros. Ela já teria sofrido violência doméstica.

Foram ouvidos cinco disparos, sendo que a mulher teria sido atingida na região próxima ao pescoço e em seguida o homem teria desferido um tiro contra seu ouvido. Duas viaturas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e dos bombeiros foram chamadas para o local. A Polícia Militar também foi acionada.

A arma usada no crime contra a florista foi um revólver calibre 44. A arma foi apreendida pela polícia.

Julgamento

O julgamento de Suetônio aconteceu em março de 2022, quando ele foi condenado a cumprir 19 anos de prisão pelo feminicídio de Regiane.  

O Conselho de Sentença decidiu, por maioria, condenar o autor pelo feminicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Conforme a sentença do juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, o réu cumprirá 19 anos de prisão, com regime inicial fechado.

Há três anos assassino de florista era encaminhado para penitenciária
(Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Familiares que acompanharam o júri na época disseram ao Midiamax que não sabiam do relacionamento da vítima com Suetônio. Em depoimento no plenário, o réu disse que tinha comprado a arma dias antes do crime.

Ele afirmou ainda que pensou em cometer suicídio e que estava com depressão. O réu alegou que tinha marcado casamento com a vítima para abril de 2020, no entanto, a informação é de que o casal já não estava mais junto no dia do crime, sendo que ele teria cometido o feminicídio por não aceitar o fim do namoro.