Guardas Municipais que recebiam propina de contrabandistas são alvo de operação do Gaeco

Guardas recebiam propinas de sacoleiros na região de fronteira

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
(Arquivo – Henrique Arakaki, Midiamax)

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deflagrou nesta terça-feira (31) operação que tem 15 guardas-municipais como alvo. Os agentes recebiam propinas de sacoleiros na região de fronteira, em Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande.

Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e prisão. Na ação de hoje, foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva e 17 de busca e apreensão, nos imóveis dos investigados e no quartel da Guarda Municipal.

A operação é desdobramento da ação Deviare, que foi deflagrada em 15 de setembro de 2022. Na época, celulares foram apreendidos, o que revelou quadro de corrupção por parte de guardas municipais, que usavam suas funções públicas para receber propinas.

As propinas vinham de contrabandistas – sacoleiros. Os guardas também se apropriavam de cargas irregulares, a exemplo de cigarros e armas. Vários agentes integravam um grupo de WhatsApp denominado “Laranjas Podres”, por onde se comunicavam e tratavam de ilícitos.

No decorrer dos trabalhos, também foi possível constatar que alguns dos guardas municipais se dedicavam ao tráfico de armas e munições, dos mais variados calibres, naquela região de fronteira.

Nome da operação

O nome da operação faz alusão ao ato de desviar – em italiano -, já que a investigação do Gaeco se iniciou em razão do desvio de armas de fogo e munições por parte de guardas municipais em uma ocorrência de tráfico de drogas em agosto de 2021.

Conteúdos relacionados