Na manhã desta terça-feira (24), autoridades civis e militares estiveram presentes no 1º Workshop do Projeto Acolhida, da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) de Mato Grosso do Sul, na Acadepol (Academia de Polícia Civil). O projeto contempla familiares de vítimas de feminicídio e homicídios dolosos.

Entre as autoridades presentes, estiveram o Delegado-Geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel de Oliveira Filho, e o Secretário da Sejusp, Antonio Carlos Videira. O projeto, que será implantado em Campo Grande primeiramente, atenderá as vítimas indiretas, que são os familiares das vítimas dos crimes, como feminicídio e homicídio doloso. 

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Sendo assim, os familiares serão assistidos pelo projeto, onde poderão relatar as necessidades surgidas com o crime, através de um registro específico realizado na delegacia. As necessidades incluem inventário dos bens deixados pela vítima, guarda das crianças, mudança de escola, auxílio-funeral, levantamento de alvará judicial da conta bancária, acompanhamento psicológico ou de saúde, pedido de pensão, benefícios previdenciários e ações judiciais de indenização.

Após o relato, o boletim de ocorrência será encaminhado aos órgãos públicos que devem prestar assistência a essas vítimas indiretas, o que deve promover uma integração entre os órgãos públicos do Estado. Além da Sejusp, os órgãos envolvidos são o Ministério Público Estadual, Defensoria Pública Estadual e da União, Tribunal de Justiça, Município de Campo Grande (Secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social), dentre outros.

Muito satisfeito, Antonio Carlos Videira ressaltou a importância da integração que este workshop promove. “Fico muito feliz em ver as tratativas caminhando a passos largos, para atendimento das vítimas indiretas, principalmente de homicídio e feminicídio. São muitos os desafios, mas esse workshop é a prova de que integrados e unidos, poderemos conseguir bons resultados, com um propósito só”.

O projeto também recebe um apoio e integração da PC de MS e o Delegado-Geral destacou: “Hoje é um dia de muita alegria, pois, mais uma vez Mato Grosso do Sul sai na frente, inovando e fazendo aquilo que é o desejo de todo, uma assistência ampla e transversal, que vai acolher quem tanto precisa”.

Gurgel reforçou que o trabalho dos policiais civis é importante para que os crimes sejam solucionados e agora é motivo de comemoração com o Projeto Acolhida. “A Polícia Civil tem feito seu trabalho exemplar na solução de crimes de homicídio e feminicídio, agora é hora de dar um passo a mais e atender as vítimas indiretas. Algo inédito e inovador, que merece nosso apoio e a integração da Polícia Civil e que também merece ser replicado”.