Expedição percorre mais de 570 km no Pantanal com atendimento médico e odontológico

A Expedição Alma Pantaneira percorreu mais de 570 quilômetros por fazendas do Pantanal com atendimento médico e odontológico e veterinário. Grupo de 42 voluntários, médicos, dentistas e veterinários saíram de Campo Grande no último dia 23 em picapes e caminhões com tração nas quatro rodas para a expedição voluntária na região pantaneira, onde maioria da […]

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A Expedição Alma Pantaneira percorreu mais de 570 quilômetros por fazendas do Pantanal com atendimento médico e odontológico e veterinário. Grupo de 42 voluntários, médicos, dentistas e veterinários saíram de Campo Grande no último dia 23 em picapes e caminhões com tração nas quatro rodas para a expedição voluntária na região pantaneira, onde maioria da população vive isolada.

“É comum atender pessoas que não vão a um dentista há anos e que estão com problemas bem sérios, com dor e falta de dentes. Conseguimos com nossa equipe até fazer próteses e praticamente todo tipo de tratamento. E quem mais sai recompensado com tudo isso somos nós”, comenta Ioná Larissa Guimarães Biscola, dentista de Campo Grande.

Alan Mourão, 78 anos, nascido e criado no Pantanal passou pela consulta médica e odontológica. “Eu nem me lembro quando fui ao dentista pela última vez, deve ter uns 40 anos. E ir no médico também é bem difícil. Quando soube que o pessoal estava aqui, já me ajeitei para não perder a chance. E o bom é que veio um moço numa picape me buscar na minha casa, junto com minha esposa que tem 84 anos e também precisava de consulta. Me senti até importante com esse atendimento”, brinca Alan.
A Expedição Alma Pantaneira tem previsão de terminar no próximo dia 4 de novembro e ainda deve percorrer mais de 500 quilômetros dentro do Pantanal, realizando atendimentos em mais cinco pontos pelo caminho.

Uber pantaneiro

Como as distâncias no pantanal são grandes e é difícil o transporte, os integrantes da expedição ainda fazem o trabalho de buscar e levar as pessoas que não conseguem chegar nos pontos de atendimento. “São pessoas idosas, crianças que simplesmente não tem como ir até os nossos médicos. Juntamos três ou quatro picapes e vamos ao encontro deles nas casas, sítios e fazendas que ficam no entorno, umas há mais de uma hora de viagem. Depois do atendimento fazemos o serviço de entrega dessa gente”, explica o jornalista Paulo Cruz que trabalha como equipe de apoio.

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