No dia 6 de março de 2018, há 5 anos, o policial civil Wescley Vasconcelos Dias foi executado com mais de 25 tiros de fuzil em Ponta Porã. O crime, que até hoje tem um condenado e que ainda não cumpre a pena, teria sido cometido a mando de Sergio de Arruda Quintiliano, o ‘Minotauro’.

Conforme as investigações sobre a morte de Wescley na época, ficou evidenciado que Minotauro seria o mandante. Isso, porque o crime foi encomendado como retaliação às investigações que o policial fazia naquela época.

Tudo teria começado com a morte de Jorge Rafaat. A partir dali, facções criminosas passaram a disputar o controle do tráfico na fronteira entre Paraguai e Ponta Porã. Então, surgiu uma liderança do PCC (Primeiro Comando da Capital), ‘Minotauro’.

No entanto, Sergio de Arruda usava um nome falso naquela época. Porém, a verdadeira identidade acabou descoberta pelas investigações feitas por Wescley, que contava com apoio da polícia paraguaia.

Tentou subornar policiais

Ainda segundo as investigações da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), ao saber que era investigado Sergio teria oferecido 100 mil dólares aos policiais paraguaios, para que cessassem as investigações.

Porém, a oferta foi recusada. Ali teve início uma rixa entre ‘Minotauro’ e as polícias paraguaia e brasileira. Com a identidade real de Sergio de Arruda, Wescley passou a buscar pelo suspeito, que tinha contra ele um mandado de prisão em aberto.

Com isso, passou a monitorar a esposa de ‘Minotauro’. Um dispositivo com GPS foi instalado no carro da mulher, mas o marido ficou sabendo, o que para a polícia teria sido o ‘estopim’ para a execução.

Executado ao sair da delegacia

Naquele dia 6 de março, Wescley saía da delegacia quando foi surpreendido pelos atiradores. Ao menos três veículos foram usados no homicídio, sendo um Civic, onde estavam os pistoleiros, um Gol e um Captiva, que serviram de apoio.

No Captiva estava Robson Dantas Moreira, que acabou identificado e denunciado. Wescley foi morto com ao menos 27 tiros de fuzil AK-47, morrendo no local, sem chance de defesa ou fuga.

Outras pessoas ligadas ao assassinato foram identificadas e presas. Entre elas, a irmã e o cunhado de Robson. Outro homem que também atuou em apoio aos atiradores foi identificado e denunciado, mas a princípio nunca foi preso.

Já Robson foi condenado a 14 anos por participação no crime, mas recorreu da sentença. Enquanto Sergio de Arruda está atualmente preso em Presídio Federal, condenado por outros crimes.

Após a morte de Wescley, ele chegou a fugir para o Paraguai e só foi preso em 2019, em Balneário Camboriú (SC). Ele foi detido por agentes da Polícia Federal.

Minotauro foi preso em 2019 – Reprodução