Ex-marido de pecuarista assassinada pela empregada é encontrado morto em Ponta Porã

Ele foi encontrado por testemunhas que acionaram bombeiros e a polícia

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Foto: Leitor Midiamax

O empresário Paulo Sergio Ângelo, de 48 anos, foi encontrado morto na tarde desta terça-feira (14) em Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande. Ele era ex-marido de Andreia Aquino Flores, pecuarista morta aos 38 anos, vítima de latrocínio.

Paulo foi encontrado dentro do Corolla, que estava estacionado em via pública, por testemunhas. Corpo de Bombeiros e Polícia Militar foram acionadas e identificaram que o empresário estava morto.

Polícia Civil e Perícia também foram acionadas. A princípio a suspeita é de suicídio.

Alvo de tentativa de homicídio

Em janeiro de 2022 o empresário foi vítima de tentativa de homicídio. Na época, os registros policiais apontavam Andreia como suspeita do crime.

Os pistoleiros atiraram contra Paulo na frente da clínica veterinária que era proprietário. Então, ele acabou ferido e foi socorrido

A partir daí o caso passou a ser investigado como tentativa de homicídio. Além disso, em junho de 2022, a pecuarista e outras familiares foram ouvidas pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento no crime.

Até então a informação da investigação é de que pistoleiro teria sido contratado para cometer a execução. Mesmo preso, ele ainda estaria tentando cumprir com o acordo feito.

Ainda consta na investigação policial que o homem seria cobrado para cumprir o acordo ou então devolver o dinheiro pago pelo crime.

Pecuarista foi vítima de latrocínio

Lucimara Rosa Nunes, 43 anos a filha, Jéssica Neves Antunes, 24 anos, e o cunhado Pedro Benhur, 21 anos, se tornaram réus pela morte de Andreia. A pecuarista foi morta no dia 28 de julho de 2022, em casa, em um condomínio na Chácara Cachoeira.

Menos de duas semanas depois, a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte da vítima, sendo que os autores já estavam presos. Assim, Lucimara, que há mais de 7 anos trabalhava com a família de Andreia, foi indiciada pelo latrocínio junto com a filha e o cunhado.

Ainda conforme relatado pela Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), os três autores agiram com um simulacro de arma de fogo e também uma faca, para tentarem roubar da vítima R$ 50 mil.

Este valor seria transferido por PIX para a filha da funcionária de Adriana. Assim, Jéssica sacaria o valor, a pretexto que teria sido obrigada pelos supostos assaltantes e depois o dinheiro seria repartido entre as partes.

Lucimara ficaria com R$ 30 mil, enquanto a filha e Pedro ficariam com R$ 10 mil cada. No entanto, o crime acabou saindo do controle dos acusados.

Andreia foi morta por asfixia pelo rapaz, de 21 anos, e após a morte o trio decidiu roubar objetos de valor. Foram levados um Macbook, dois iPhones e uma caixa de som JBL, produtos avaliados em aproximadamente R$ 15,5 mil.

A Derf concluiu que o crime todo foi premeditado, planejado no dia anterior. Momentos antes do latrocínio, a funcionária ainda tirou o cachorro da vítima da casa, deixando o animalzinho em um pet shop, para não dificultar a ação criminosa.

Ainda durante as investigações, os policiais encontraram na casa de Jéssica, no Bairro Cristo Redentor, duas carcaças dos celulares das vítimas, além de pedaços de fita ‘silver tape’, idênticas às encontradas no local do crime e usadas para amarrar Andreia.

Já nos fundos do imóvel, em um terreno baldio, foram encontradas as carcaças dos celulares da funcionária da pecuarista e da filha. Já com o rapaz de 21 anos, que acabou preso em Dourados, foi encontrada a caixa de som, além de roupas, sendo um casaco, uma calça e um boné e também a faca usada no crime.

Foi solicitado exame de DNA, para confrontar o material biológico de Andreia e o material colhido do pano encontrado no local do crime. Isso porque a informação é de que o rapaz colocou o pano na boca da vítima, até que ela acabou morrendo asfixiada.

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