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Polícia

Em depoimento, padrasto de Sophia diz que acordou com desespero da mãe da menina

Padrasto fez declaração quando foi ouvido no caso de tortura contra Sophia
Thatiana Melo -
(Foto: Reprodução, Redes Sociais)

Em uma declaração quando era ouvido no caso de tortura contra Sophia OCampo, morta aos 2 anos, em janeiro deste ano, em , o padrasto da menina contou na delegacia que estava dormindo no momento trágico. e padrasto de Sophia estão presos e foram indiciados por homicídio, omissão, estupro e tortura.

O depoimento do padrasto foi colhido em junho deste ano, cinco meses após a sua prisão pela morte de Sophia. Ele relatou na época, que estava dormindo e que acordou com o desespero da esposa. “Não sei dizer como tudo acabou na morte trágica dela, eu estava dormindo e acordei como desespero dela [mãe da Sophia]”, falou o acusado quando respondia a questões sobre a tortura cometida contra a criança.

A denúncia de tortura contra o casal foi apresentada pelo promotor Marcos Alex Vera, no dia 9 de setembro. O promotor falou em sua decisão sobre o padrasto de Sophia: “Ciente da ilicitude e reprovabilidade de sua conduta, submeteu a menor impúbere Sophia de Jesus Ocampo, sua enteada, com 02 (dois) anos de idade à época dos fatos, a qual estava sob sua guarda, poder e autoridade, com emprego de violência, a intenso sofrimento físico, como forma de aplicar-lhe castigo pessoal, produzindo-lhe as lesões corporais descritas às fls.do Prontuário Médico”.

Já em relação à mãe da menina, o promotor discorre que “a genitora da vítima, ciente da ilicitude e reprovabilidade de sua conduta, e tendo o dever legal de impedir o resultado, se omitiu em face da tortura praticada pelo co-denunciado contra a vítima Sophia de Jesus Ocampo”. 

A mãe de Sophia a levou ao médico um dia após ela ter quebrado a tíbia. A perna da criança foi quebrada por chutes desferidos pelo padrasto e que foram confirmados pelo filho do homem e enteado da mãe de Sophia. “Foi meu pai, meu pai que chutou ela pra rua, chutou ela duas vezes, aí deixou ela machucada”, disse o menino em escuta especializada.

Além da denúncia por tortura da menina, o casal também foi denunciado, no dia 28 de setembro, por maus-tratos a animais no caso em que o cachorro da família foi encontrado morto na residência. “[…] devendo e podendo agir para evitar o resultado, bem como assumindo o risco de produzi-lo, mediante omissão penalmente relevante, praticaram maus-tratos a animal doméstico, cachorro Maylon que estava sob a tutela de ambos, ao não buscarem socorro médico veterinário após constatarem que o canino estava defecando sangue, mantendo-o amarrado com fio curto na área de serviço do imóvel em meio a local insalubre, com sujidades, repleto de fezes no pátio da casa e sem alimento conforme Laudo Pericial”, fala a denúncia.  

Justiça notifica empresas para quebrar sigilo da mãe e do padrasto

O Gaeco pediu pela quebra e afastamento de sigilo telefônico da mãe e do padrasto de Sophia, e as empresas Microsoft e Google têm um prazo de 10 dias para entregar informações em e-mails e aplicativos de celulares à Justiça. O pedido foi feito no dia 20 deste mês.

O pedido aconteceu logo após o padrasto de Sophia ceder as senhas do celular para a recuperação de conversas apagadas e outras mensagens trocadas entre o casal. Embora a senha tenha sido cedida, os advogados solicitaram que os dados extraídos do celular não sejam utilizados caso não sejam juntados ao processo em tempo razoável antes da data da audiência, marcada para o dia 28 deste mês.

Morte de Sophia

A menina, que já havia passado por diversas internações, morreu em janeiro deste ano. As investigações mostraram que Sophia foi levada pela mãe a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), já sem vida. A mulher chegou ao local sozinha e informou o marido sobre o óbito.

Uma testemunha afirma que depois de receber a informação sobre a morte de Sophia, o padrasto teria dito a frase: “minha culpa”.

Uma das contradições apontadas na investigação é o fato da mãe ter afirmado que antes de levar a filha para atendimento médico, a menina teria tomado iogurte e ido ao banheiro.

A versão é contestada pelo médico legista que garantiu que com o trauma apresentado nos exames, a criança não teria condições de ir ao banheiro ou se alimentar sozinha. A autópsia também apontou que Sophia pode ter agonizado por até seis horas antes de morrer. O padrasto e a mãe da menina são acusados do crime e estão presos.

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