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Polícia

Em caso de assédio sexual, Justiça volta atrás sobre apreensão de celulares de Marquinhos Trad

Em junho, Justiça havia mandado apreender os celulares de Marquinhos Trad
Thatiana Melo -
Marquinhos Trad na Deam (Foto: Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

A Justiça voltou atrás no caso da apreensão dos celulares e na quebra do sigilo telefônico do ex-prefeito Marquinhos Trad no caso de suposto assédio sexual cometidos por ele. virou réu pelos crimes.

Em junho, a Justiça havia mandado apreender os celulares que deveriam passar por perícia, além da quebra do sigilo telefônico na busca de mensagens trocadas entre Marquinhos Trad e as vítimas, mas a defesa contestou afirmando sobre a inviolabilidade das mensagens no tocante à privacidade.

Nesta terça-feira (15), a Justiça voltou atrás no pedido da defesa em relação à apreensão dos celulares. “Impositiva a concessão da ordem de habeas corpus para tornar sem efeito a decisão que autorizou busca e apreensão de celular e afastamento do sigilo das comunicações telefônicas quando disponíveis nos autos outras provas capazes de demonstrar a materialidade e fortes indícios de autoria de crimes contra a dignidade sexual, como perícia nos celulares das vítimas retratando os diálogos travados com o acusado, declarações das ofendidas que, na espécie, são dotadas de especial relevância, além de a representação ter sido formulada por autoridade policial que já não dispunha de atribuições para tal fim, operando em ofensa ao artigo 3.º da Lei n.º 9.296/96, eis que o inquérito policial já havia sido concluído e a denúncia oferecida”, diz a decisão.

Sigilo externo

No dia 6 de fevereiro, a Justiça determinou o sigilo externo da ação penal a qual o ex-prefeito Marquinhos Trad responde por assédio sexual. Ele se tornou réu em cinco acusações. As denúncias começaram a surgir em julho de 2022. 

Na decisão foi argumentado que “Diante da manifestação defensiva, comprovando acesso a informações do processo, por terceiros e segredo de justiça já estabelecido para assegurar o direito à intimidade dos envolvidos – réus e vítimas – determino que o presente feito tramite também sob sigilo externo, no qual somente os representantes cadastros conseguem consultar os autos na íntegra”.

O pedido para o sigilo foi feito pela defesa, composta por Rejane Alves de Arruda e Andréa Flores, após vazamento de informações das investigações. Ainda será analisado o pedido de absolvição sumária feito pela defesa. 

Virou réu

Na denúncia inicial do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), constavam 7 vítimas. Então, em 16 de dezembro, a juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal, recebeu a denúncia com apenas 5 vítimas. 

Isso porque em um dos casos o MPMS entendeu que não houve fato típico e, em outro, a vítima não representou contra Marquinhos Trad. Sendo assim, o processo agora apura 5 crimes de cunho sexual.

Também se tornou réu André Luiz dos Santos, o ‘Patrola’, por denúncias de três vítimas por crimes sexuais. Agora, é aguardado que a defesa seja notificada para então apresentar as alegações, o que deve ocorrer apenas no fim de janeiro.

Defesa alegou armação

Marquinhos Trad alegou, na época das denúncias, que tudo seria parte de uma ‘armação política’ para prejudicar a candidatura dele a governador de após uma discussão por com o secretário de estado de Segurança, Carlos Videira.

Marquinhos Trad (PSD) admitiu que cometeu adultério com ao menos duas das denunciantes enquanto era prefeito de , mas negou os crimes sexuais. Já em 2018, uma denúncia envolvendo suposto assédio contra uma menor aprendiz da Prefeitura chegou ao conhecimento da polícia civil.

Na época, o caso acabou arquivado e a jovem, conforme apurou o Jornal Midiamax, ganhou um cargo sem concurso público no gabinete da Prefeitura de Campo Grande.

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