Em audiência, policiais que investigaram desaparecimento e morte de garagista são ouvidos

Dos três réus, apenas um esteve presente em audiência. Foi solicitado ainda novamente a prisão de um terceiro envolvido, que havia conseguido liberdade em novembro passado

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"Alma" desapareceu em novembro de 2021 – Reprodução/Redes Sociais

Durante audiência de instrução sobre o caso do desaparecimento e assassinato do garagista conhecido como “Alma” Carlos Reis Medeiros de Jesus, três investigadores de polícia foram ouvidos em depoimento. Além deles, o delegado José Roberto de Oliveira Junior, assim como a filha da vítima e a esposa, Josiane da silva Medeiros também foram ouvidos.

A audiência iniciou às 13h30 na sala de audiência da 2ª Vara do Tribunal do Júri. Dos três réus apenas Vítor Hugo de Oliveira Afonso esteve presente. Thiago Gabriel Martins da Silva e Kelison Kauan da Silva não compareceram.

Na ocasião a Promotoria pediu a prisão preventiva novamente de Kelison. Ele havia sido preso mediante cumprimento de mandado de prisão e agosto do ano passado, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, mas teve a liberdade concedida em novembro. O juiz deferiu pela prisão do acusado.

Ainda durante a audiência, foi solicitado que o IMOL encaminhe o laudo pericial feito no carro Chevrolet Classic para saber se há vínculo genético de sangue encontrado no interior do veículo compatível com o da vítima.

Assassinato

Conforme a denúncia, Vitor vulgo “Primo” e Thiago vulgo “Especialista”, armados com uma arma de fogo e uma faca mataram Alma, que desapareceu no dia 30 de novembro por volta das 10h20 em um estabelecimento na Avenida Gunter Hans em Campo Grande.

Alma realizava “negócios” com os acusados emprestando dinheiro as eles e mantinha boa relação com ambos. A vítima foi atraída para o local, de propriedade de Thiago achando que receberia o pagamento de um empréstimo que o acusado havia contraído.

Após a saída de funcionários, restante somente os três réus e alma, Thiago simulando que saldaria a dívida tirou um montante de dinheiro do bolso e começou a contar na frente da vítima, que estava sentado em uma cadeira observando a contagem.

Neste momento, Vitor se aproximou da vítima pelas costas e o golpeou no pescoço. Por sua vez, Thiago, que também estava armado efetuou disparos contra alma.

Foi investigado ainda que alma era “sócio” do pai de Thiago em negócios envolvendo agiotagem. Alma teria emprestado grande montante de dinheiro a diversas pessoas. Porém o pai de Thiago faleceu em 2020 e por esse motivo, Thiago queria receber o dinheiro emprestado pelo pai e Alma, por “direito”.

Como um dos credores não havia feito o pagamento, Thiago começou a arquitetar a morte dele, juntamente com alma e Vitor, mas em certo momento Alma acabou desistindo de mata-lo.

Thiago se revoltou pois não receberia o dinheiro, aliado à dívida que tinha com alma, incluído com bens penhorados, arquitetou a morte do garagista, juntamente de Vitor, eu também devia para a vítima.

Após o assassinato, o trio colocou o corpo de Carlos no porta malas do carro, um Chevrolet Corsa Sedan até local desconhecido e fizeram a limpeza do local.

Thiago se apossou de uma caminhonete da vítima, uma Ford F-250 que havia sido deixada por Alma no comércio de Thiago para realização de serviços de funilaria.

Até o momento, o corpo da vítima não foi localizado.