Suspeito de matar Gilka Simone Nunes, de 47 anos, Daniel teria ameaçado a vítima na véspera. O casal brigava constantemente porque um parente da mulher seria usuário de drogas, o que causaria transtornos no casamento, segundo alegado pelo suspeito nesta terça-feira em depoimento. A informação é da delegada Elaine Benicasa, da Deam (Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher).

O parente teria passagem por tráfico de drogas e seria o motivo de brigas constantes. “Na noite de ontem, mais uma vez eles brigaram por este motivo, e o suspeito teria dado um tapa no rosto de Gilka”, disse a delegada.

A vítima estava cortando uma laranja, quando avanço com a faca e acabou atingindo o ex-companheiro, acertando-o no braço. Após isso, o homem puxou um punhal que guardava embaixo do travesseiro e desferiu vários golpes em Gilka, segundo relatou à polícia.

Ele disse em depoimento que foi até a rodovia de bicicleta no intuito de se jogar contra um veículo, porém foi detido pela PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Um dos parentes disse à polícia que o ex-companheiro de Gilka havia prometido deixar a casa, mas não ‘sem fazer alguma coisa antes”.

Oitavo feminicídio

O assassinato de Gilka Simone Nunes, de 47 anos, é o oitavo feminicídio em Campo Grande de acordo com a DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Gilka foi assassinada a facadas pelo ex-marido no final da tarde desta segunda-feira (04) na Vila Moreninha III em Campo Grande.

De início, o autor, identificado como Daniel, foi encontrado perambulando pela BR-163 com marcas de sangue nas mãos, roupa e com a faca usada no crime. Equipe da CCR-MS Via foi quem o avistou na rodovia e acionou a PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Os policiais rodoviários então o abordaram e realizaram a prisão. Com a detenção do autor, os agentes foram até a casa da vítima e a encontraram já sem vida. A informação é a de que os dois foram casados por cinco anos e estavam em processo de separação há cinco meses. Porém, Daniel não aceitava o fim do relacionamento.