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Polícia

Defesa nega que testemunhas foram ameaçadas para mudar versão sobre assassinato

"No processo a testemunha fala que não está sendo ameaçada. Essa é a verdade", afirma advogado do réu
Mirian Machado -
Osvaldeci foi morto em casa. (Foto: Ta na Mídia Naviraí)

A defesa de Claudecir dos Santos Oliveira, acusado de matar a tiros Osvaldeci Rodrigues, de 53 anos, no dia 24 de julho de 2022 em , a 342 km de , negou que o suposto autor estivesse ameaçando testemunhas para mudar a versão dos fatos, conforme consta na pronúncia do Ministério Público. Ele foi pronunciado e deve ir a julgamento pelo Tribunal do Júri.

Segundo o advogado Luiz Kevin Barbosa, não houve ameaça. “No processo, a testemunha fala que não está sendo ameaçada. Essa é a verdade”, afirmou ao Jornal Midiamax.

Nota enviado pelo advogado diz que a acusação de suposta ameaça a testemunhas é “mentirosa e prejudica o réu que deverá ser julgado pelo povo no Tribunal do Júri”. Diz ainda que não há provas ou investigações que liguem o réu a qualquer organização criminosa.

A defesa ainda afirma que as mudanças de versões “traduzem a verdade no processo, por mais difícil que seja admitir que não se pode acusar alguém sem que tenha a certeza da culpabilidade, a testemunha faz justiça e inclusive afirmou em audiência que essa é a versão que mais honra a história de seu pai”.

Claudecir continua preso preventivamente, e segundo Barbosa, a testemunha não apresenta nenhum tipo de medo ou receio e nunca fez boletim de ocorrência contra o réu. “Inclusive essa testemunha foi sozinha em cartório da cidade dela para que pudesse mudar a versão. Ela disse: Olha não tenho certeza que é ele. Os policiais estão me pressionando pra falar o que eles querem”‘, afirmou o advogado.

O advogado ainda esclareceu que um dos policiais que atuou na investigação desse homicídio teve um episódio envolvido com o réu. “Tempo atrás o réu estava dando marcha ré e esse policial estava atrás e se machucou. Houve um processo de tentativa de homicídio e o réu foi inocentado, porque não teve má índole do réu com esse policial. O mesmo policial que foi vítima nesse processo, começou a investigar Claudecir nesse caso e se recusou a se afastar. Todas essas questões é de muita pertinência pra nós”, esclareceu Barbosa.

No processo consta que a defesa chegou a pedir suspeição do policial em questão do caso, mas o pedido não foi acolhido pelo juiz.

Audiência

Constam nos autos que o juízo acredita nas supostas ameaças. “No entanto, este Juízo tem motivos para acreditar que as declarações prestadas em Cartório e ratificadas em juízo encontram-se viciadas, e teriam sido feitas em virtude de possíveis ameaças ou por temerem por suas integridades físicas”. Na sequência afirma que uma das testemunhas prestou três depoimentos.

A autoria foi confirmada pelo filho de Osvaldeci no dia do crime. Segundo relato dele na época, estava na casa com a esposa e crianças, quando “Henrique” chegou em um Corolla, pulou o muro, fez sinal de silêncio para eles e disse que o “problema não era com eles”, em seguida foi em direção ao banheiro dos fundos onde a vítima estava e disparou sete vezes.

Após mudança na versão, em juízo, o casal continuou a afirmando que não tinham mais certeza do autor do crime.

Assassinato de Osvaldeci

À polícia, no dia do crime o filho de Osvaldeci contou que pela manhã o pai chegou em casa, na avenida Pantanal, quando o autor pulou o muro e encurralou o homem dentro do banheiro. Ele foi atingido por sete tiros de pistola 9mm.

O filho ainda contou à polícia que antes dos disparos, o autor pediu para que ele tirasse as crianças de perto.

Morte no trânsito

Em 1º de junho, Claudemir foi atropelado pelo , conduzido por Osvaldeci. O motorista teria fugido do local, mas acabou seguido por testemunhas que chamaram a Polícia Militar. Ele confessou o acidente, mas disse que não parou porque o local era pouco iluminado.

Ainda no relato do motorista, ele não teve tempo de evitar o acidente. O ônibus colidiu contra a motoneta que Claudemir pilotava e o rapaz morreu no local. Ainda foi constatado que o motorista do ônibus estava alcoolizado, sendo preso em flagrante por homicídio culposo.

No entanto, o motorista acabou solto e, em 24 de julho, foi executado em casa. Ele já estava sendo ameaçado pelo irmão de Claudemir e, no dia do crime, teria sido abordado pelo suspeito dentro de casa.

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