Com fuzis, policiais reforçam segurança em torno do Fórum no julgamento de Name
Serão quatro dias de julgamento com 16 testemunhas sobre o assassinato de Matheus Coutinho
Ari Theodoro, Thatiana Melo –
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Com fuzis, policiais federais e equipes do Batalhão de Choque reforçam a segurança em torno do Fórum, em Campo Grande, onde nesta segunda-feira (17) acontece o julgamento da década do assassinato de Matheus Coutinho, morto em frente a sua casa, no dia 9 de abril de 2019. Vão a julgamento Jamil Name Filho, Vladenilson Olmedo e Marcelo Rios.
Mais de 20 policiais fazem o reforço do lado de fora do Fórum e várias pessoas se aglomeraram na frente do Fórum na expectativa de poderem entrar e assistir ao julgamento. Parte da rua foi interditada, mas não foi fechada e o trânsito segue o fluxo normal.
Há informações de que Jamil Name Filho, Vladenilson Olmedo e Marcelo Rios já estejam no Fórum para o júri que começa às 8 horas da manhã. Dezesseis testemunhas serão ouvidas nestes quatro dias.
‘Vivo um pesadelo’
O pai de Matheus falou ao Jornal Midiamax que espera pela condenação dos acusados. “Que sejam condenados para que outros inocentes não sejam brutalmente assassinados neste Estado”, falou Paulo, que vai participar do julgamento de Jamil Name Filho, Vladenilson Olmedo e Marcelo Rios.
Paulo diz ter certeza da condenação dos acusados. “Irão responder aqui na terra pelo crime que cometeram e principalmente junto a Deus. Pois o que fizeram com meu amado filho foi coisa de animais”, disse Xavier.
O julgamento da morte de Matheus foi adiado por três vezes e a defesa de Name tentou um último recurso para adiar mais uma vez, alegando que um dos promotores, Gerson Eduardo de Araújo, teria ‘inimizade’ com a família Name, mas o pedido de suspeição foi negado pelo juiz Aluízio Pereira.
Execução de Matheus
O crime aconteceu na Rua Antônio Vendas, no Jardim Bela Vista, no dia 9 de abril de 2019. O relato é de que o crime teria ocorrido mediante orientações repassadas por Vlade e Marcelo Rios, a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho.
Naquela noite, vários tiros de fuzil AK-47 foram feitos contra Matheus. No entanto, os criminosos acreditavam que dentro da caminhonete estava o pai do jovem, que seria o verdadeiro alvo dos acusados.
Também segundo as investigações, o grupo integrava organização criminosa, com tarefas divididas em núcleos. Então, para o MPMS, Jamil e Jamil Filho constituíam o núcleo de liderança, enquanto Vlade e Marcelo Rios eram homens de confiança, ‘gerentes’ do grupo.
Já Zezinho e Juanil seriam executores, responsáveis pela execução de pessoas a mando das lideranças. Assim, meses depois, os acusados acabaram detidos na Operação Omertà, realizada pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros) e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Especial e Combate do Crime Organizado).
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