Com discurso teatral, defesa encerra insistindo na inocência de Name
Defesa aproveitou para pedir absolvição de Name e que os jurados julguem a partir de provas
Thalya Godoy, Mirian Machado –
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O advogado de Name, Eugênio Malavasi, afirmou durante esta tarde de julgamento que não há ligações e elementos que liguem Name Filho com o crime. Malavasi ainda tentou deslegitimar os depoimentos que foram dados como o do delegado Thiago Macedo porque ‘leu o processo’, mas não esteve presente completamente na investigação. O crime aconteceu em abril e o delegado entrou no caso em outubro daquele ano.
Explicou também que não tem arma do crime e que o Ministério Público não apresentou provas que liguem Name à arma.
O advogado pediu absolvição de Name Filho, pois “os crimes conexos não tem provas”. Questionou ainda sobre PX ser alvo já que não tinha motivo para inimizade com a família e a dívida era com o advogado Antônio Augusto, inclusive Antônio não recebeu ameaças.
“Vamos trabalhar pela a inocência. A prova de fato é totalmente imprestável”.
Na sequencia, o ex-ministro do STJ Nefi Cordeiro, que também faz a defesa de Name argumentou complementando a fala de Eugênio em que Antônio negou estar sendo ameaçado ou ter receio dos Names e que ele não sofreu nenhum atentado até hoje.
Afirmou que PX não saiu brigado e que inclusive foi indicado à Antônio, sendo que duas testemunhas, incluindo Antônio provam que não há motivação para o crime.
Cordeiro ainda relembrou o depoimento de PX em julgamento e rebateu dizendo que “Quem manda matar não dá dinheiro para o funeral e nem deixa sair vivo da casa no dia seguinte”.
“Não há provas sobre ordens para mandar matar Matheus ou PX. Nós chegamos ao ponto de discutir porte de arma que não existe. Tenham coragem de serem juízes, mas a partir de provas”, encerrou Nefi.
O julgamento entrou em intervalo e o retorno segue com réplica da promotoria.
Ofereceu dinheiro
No depoimento de Paulo Xavier no júri, ele relatou que, no dia do crime, Vlad teria dito que Name Filho queria falar com ele. Então, foi, já que, segundo PX, Vlad sabia de todos que iam morrer e queria descobrir se ele tinha informação de quem teria assassinado seu filho.
Então, Jamilzinho chamou PX para conversar longe do Name Pai em outra sala, onde também estavam Marcelo Rios – terceiro réu – e Vlad armados com pistola na cintura e disse: “Aconteceu isso aí e vou te dar um dinheiro para sair de Campo Grande. Aí ele me deu um pacote em que continha 10 mil reais, você sai, enterra seu filho e vai embora”. Tudo segundo depoimento de PX ao Júri.
Ainda conforme o relato do pai de Matheus, ao afirmar que teria que falar com a polícia, Jamilzinho o mandou não falar com ninguém e, quando chegar, em qualquer lugar, era para entrar em contato com Vlad.
O que motivou as execuções?
As investigações demonstraram que Jamil Name e Jamil Name Filho teriam ordenado a morte de Paulo Xavier. PX já teria atuado com a família, na prestação de serviços enquanto também atuava como policial militar.
Inclusive, já teria feito segurança particular de Jamilzinho, na época em que ele teve uma briga com Marcel Colombo, o ‘playboy da mansão’, em 2018. Marcel foi assassinado a tiros em uma cachaçaria da cidade, também segundo a investigação a mando da família Name.
Foi nessa época que PX conheceu o advogado Antônio Augusto de Souza Coelho, com quem passou a ter uma relação próxima. Paulo Xavier também tinha vínculos com a Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial.
Nesse período, Antônio foi procurado pela associação, para resolver pendências comerciais e negociar propriedades. Foi então que passou a negociar com a família Name, que se viu em prejuízo financeiro.
Depois, PX teria passado a prestar serviços para o advogado e parou de atender a família Name. Foi então que os líderes decidiram pela morte do policial. No contexto da denúncia, é relatado que a organização criminosa se baseava na confiança e fidelidade, por isso o abandono ao grupo foi mal visto.
A partir da ordem de execução de Paulo Xavier, homens de confiança da família Name foram acionados para colocarem o plano de morte em prática. São eles Marcelo Rios, ex-guarda municipal de Campo Grande, e o policial aposentado Vladenilson Olmedo.
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