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Polícia

1º dia de julgamento de Name tem 5 testemunhas e bate-bocas após quase 9 horas de sessão

Julgamento pelo assassinato de Matheus Coutinho será retomado nesta terça-feira
Mirian Machado -
(Henrique Arakaki, Midiamax)

Após quase 9 horas de julgamento, que iniciou às 8h, com uma hora de intervalo e encerrou por volta das 18h20, termina o primeiro dia de julgamento sobre a morte de Matheus Coutinho em abril de 2019. O primeiro dia contou com cinco testemunhas, sendo uma ouvida pela manhã e as outras 4 no período vespertino.

No encerramento do júri desta segunda-feira (17) a rua do lado de fora do Tribunal foi fechada até que a movimentação acabasse. Policiais armados dentro de fora do plenário faziam a segurança de todos.

Entre as testemunhas estão a delegada Daniela Kades, ouvida pela manhã. Já à tarde prestaram depoimentos os delegados Macedo e Carlos Delano. Depois foi ouvido Paulo Xavier, pai de Matheus e o investigador da Polícia Civil, Jean Carlos de Araújo e Silva, que também participou Operação Omertà.

Em vários momentos durante os depoimentos, os réus ouviram de cabeça baixa. Eles deverão ser interrogados por último, ao final da última testemunhas, que somam 16.

Devido a complexidade do caso que conta com 15 mil páginas de processo e por conta da quantidade de testemunhas, o julgamento deve ser encerrado com resultado apenas na quinta-feira (20).

Durante esse primeiro dia, houve desentendimentos entre defesa dos réus com pelos menos dois delegados que participaram a investigação do caso.

Os depoimentos relembraram a motivação para o crime, que seria uma suposta do pai da vítima em relação aos réus.

Delegada Daniela Kades prestando depoimento (Henrique Arakaki, Midiamax)

Bate-boca entre defesa e delegada

A defesa questionou a delegada se Zezinho havia se aproximado de antes do assassinato de Matheus, sendo que a delegada disse que havia transferências de Zezinho para Rios, momento em que a defesa questionou em que parte do processo estava, já que não encontravam.

Neste momento, Kades responde: “Senhor tem que ler o processo”. Aí começa um bate-boca, em que a delegada afirma que não tem que passar número de páginas para a defesa, e que precisam ver o processo.

A delegada fala que houve provas por obstrução de Justiça e que os casos estão interligados, o que é contestado pela defesa. Assim, a delegada fala sobre a casa das armas, quando Marcelo Rio foi preso antes da deflagração da Operação da Omertà. Kades ainda fala que a motivação para que o grupo arme a morte de Paulo Xavier seria a mudança de lado do ex-militar.

O juiz Aluízio Pereira também chegou a dar bronca na defesa sobre questionamentos de páginas indagadas para a delegada durante o seu depoimento.

Delegado Thiago Macedo e defesa o questionando sobre fotografia. (Foto: Kisie Ainoã, Midiamax)

Atrito entre defesa e delegado

Os ânimos voltaram a ficar alterados na tarde. O clima ficou tenso durante depoimento da segunda testemunha de acusação, delegado da Polícia Civil, Thiago Macedo. As defesas questionam sobre Thiago ter entrado no caso depois que as diligências tinham iniciado.

O delegado se irritou ao ser questionado pelo advogado de defesa de Marcelo Rios sobre a investigação inicial dos fatos, isso porque o crime aconteceu em abril de 2019, mas Thiago entrou no caso em outubro daquele ano. Ainda em depoimento disse que estudou muito sobre o que se tinha de investigação até o momento.

O delegado foi questionado se no mesmo dia da prisão de Marcelo Rios compareceu um advogado e se outros advogados o entrevistaram também, mas o delegado disse que não se recorda, por já ter anos e cerca de 15 mil páginas de processo.

“Não sei ser tão preciso como o senhor afirma. É o que aconteceu, é o que está relato em documento público. é o relatório de investigação. é o que foi passado nas reuniões da força tarefa pelos colegas que já estavam na época. Eu confio muito nas informações que eles prestaram”, disse.

Depois foi questionado pelo advogado se foi pelo que ele ouviu e então Thiago se irritou com a pergunta e retrucou. Pelo que nós apuramos doutor. Não preciso dizer que o senhor também não presenciou nada. No entanto faz perguntas com base nos autos, com base no que os clientes afirmam, então nesse ponto nos estamos em pé de igualdade”.

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