Pular para o conteúdo
Polícia

Caso Sophia: audiência tem presença do pai e defesa do padrasto aguarda conclusão da perícia

Primeira audiência de instrução e julgamento ocorre nesta segunda-feira (17) no Fórum de Campo Grande
Danielle Errobidarte, Fábio Oruê -
Pai de Sophia chegando na audiência. (Foto: Fábio Oruê - Jornal Midiamax)

Acontece no Fórum de nesta segunda-feira (17) a primeira audiência de instrução e julgamento do processo sobre a morte de Sophia Ocampo, ocorrida no dia 27 de janeiro. O advogado de defesa do padrasto da menina – acusado junto à mãe dela de estupro de vulnerável e homicídio – disse que aguarda a conclusão dos laudos periciais para que ele se pronuncie sobre a acusação de estupro.

O advogado Renato Cavalcante Franco, responsável pela defesa do padrasto, falou com a imprensa antes do início da audiência. Segundo ele, seu cliente nega as acusações de homicídio. “Temos que aguardar a instrução processual, tanto da parte dele como dela [da mãe], pois há apresentação de versões. Aquilo que foi colhido inicialmente na versão dele, ele nega o homicídio”, afirmou.

Segundo o advogado “ainda existem muitas coisas para averiguar”. Quanto à acusação de estupro, Franco afirma que é cedo para explicar a estratégia que será utilizada pela defesa. “Esperamos o resultado da perícia para dizer se houve ou não essa prática [de estupro], e se ela foi praticada ou não pelo nosso assistido”, finaliza.

Advogado de defesa do padrasto, Renato Cavalcante. (Foto: Fábio Oruê – Jornal Midiamax)

O pai de Sophia também acompanha a audiência e ao todo estão previstas para serem ouvidas cinco testemunhas de acusação, além dos réus – mãe e padrasto. A mãe de Sophia é assistida pela Defensoria Pública.

Familiares de Sophia estão em frente ao Fórum, no cruzamento das ruas Da Paz com 25 de dezembro, com faixa onde lê-se o artigo 227 da Constituição Federal. “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à conveniência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”, diz a faixa.

(Foto: Fabio Oruê – Jornal Midiamax)

Caso Sophia

Sophia morreu aos 2 anos, na noite do dia 27 de janeiro. Ela foi levada pela mãe a um , onde as médicas que atenderam a menina constataram que ela já estava morta há pelo menos quatro horas. Tanto a mãe como o padrasto de Sophia foram presos e já indiciados pelo crime. 

O casal ainda tentou alterar as provas da morte da menina para enganar a polícia. A preventiva foi decretada no dia 28 de janeiro. Em sua decisão, o magistrado afirmou que: “A prisão preventiva se justifica, ainda, para preservar a prova processual, garantindo sua regular aquisição, conservação e veracidade, imune a qualquer ingerência nefasta do agente. Destaca-se que, conforme noticiado nos autos, a criança somente foi levada para o Pronto Socorro após o período de 4 horas de seu óbito, o que evidencia que os custodiados tentaram alterar os objetos de prova.”

O ainda citou que caso o casal fosse solto, haveria a possibilidade de tentativa de alteração de provas “para dificultar ou desfigurar demais provas”. O casal foi levado para unidades penitenciárias, sendo a mulher para o interior do Estado e o padrasto da menina para a Gameleira de Segurança Máxima. 

A menina passou por vários atendimentos em unidades de saúde, entre eles febres, vômitos, queimaduras e tíbia quebrada. Em menos de 3 meses, a criança foi atendida diversas vezes sem que nenhum relatório fosse repassado sobre os atendimentos a menina.

Relato das médicas

Segundo o relato das médicas, quando a criança chegou à unidade de saúde, ela já estava morta há pelo menos 4 horas, com sinais de rigidez, hematomas por todo o corpo e sangramento pela boca. Ainda segundo as médicas, a mãe estava estranhamente tranquila e só ficou nervosa quando foi informada que a polícia seria acionada para o local.

Em exames feitos pelas médicas na unidade de saúde, elas constataram sinais de estupro na criança. Com a chegada dos policiais, a mãe da menina negou que tivesse levado a filha até a UPA já morta, mas disse que ela e o atual marido aplicavam ‘corretivo’ na criança.

A mulher contou que a filha ficava com o padrasto enquanto ela trabalhava durante o dia, e que o marido batia na criança com socos e tapas para corrigir a menina. O padrasto da menina foi encontrado em casa pelos policiais e negou que tenha agredido a enteada naquele dia, dizendo que bateu na criança há três dias.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Executado na fronteira de MS seria ex-presidiário e foi morto na frente da família

Altcoins dispararam com nova máxima do Bitcoin e o tarifaço de 50% do Trump

Terremoto de magnitude 7,3 atinge Estados Unidos e gera alerta de tsunami

Homem é sequestrado, espancado e abandonado sem roupas na BR- 262 em Campo Grande

Notícias mais lidas agora

carne frigorifico

Após MS suspender exportação de carne para os EUA, sindicato prevê normalização do mercado em poucos dias

relatoria tereza nelsinho

Nelsinho e Tereza confirmam ida aos EUA para pedir novo prazo do tarifaço de Trump

Vanildo e Fabiana, transplante de rins

Dez anos após transplante de rim, Vanildo celebra a vida ao lado de doadora do órgão

Palmeiras empata com Mirassol e não vence há 3 jogos no Brasileirão

Últimas Notícias

Esportes

Grêmio é dominado na etapa final, perde para Alianza Lima e se complica na Sul-Americana

Alianza e Grêmio mediram forças em Lima, capital peruana

Política

Senadores aprovam MP que aumenta vencimento de militares

Reajuste será de 9% dividido em duas parcelas

Polícia

Idoso tem Pampa amarela sem gasolina furtada de quintal em Coxim

Carro estava com o tanque vazio e com a documentação atrasada

Esportes

Neymar decide e Santos derrota Flamengo na Vila Belmiro

Camisa 10 marca o gol da vitória em jogo transmitido pela Nacional