Cantada e passada de mão: o que aconteceu horas antes de Luís ser morto a garrafadas em tabacaria

Uma das testemunhas disse que Luís estaria embriagado

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Momento em que Luis fugia do grupo (reprodução)

Xingamentos, passada de mão no ombro, cantada: o que aconteceu antes da morte de Luís Henrique Rodrigues, de 30 anos, assassinado com uma garrafa quebrada em uma tabacaria no bairro Aero Rancho, em Campo Grande, neste fim de semana. Um adolescente de 17 anos, acusado de desferir os golpes contra a vítima, foi apreendido.

O que aconteceu dentro da tabacaria? Bebida e ânimos exaltados foram ingredientes que combinados acabaram no espancamento e morte de Luís, que chegou a ser perseguido por um grupo de pelo menos sete pessoas.

Uma das testemunhas, de 21 anos, contou que foi até a tabacaria com o grupo e durante o tempo que ficaram no local, Luís teria ‘mexido’ com a jovem por três vezes.

Luís ainda teria passado as mãos em seus ombros e toda vez que ia ao banheiro acompanhada da amiga transexual era incomodada pela vítima. “Aquele cara está mexendo comigo faz hora, fazendo graça”, teria dito. Uma das pessoas que estava no grupo seria uma grávida de 5 meses.

Já na saída da tabacaria, Luís, que estaria embriagado, teria xingado a jovem de ‘grávida desgraçada’. Isto foi o estopim para que uma briga generalizada começasse em frente à tabacaria, onde teve golpes de capacete, socos, chutes e garrafa quebrada contra Luís, que chegou a correr tentando se esconder em uma casa nas redondezas, mas acabou morrendo antes da chegada do socorro.

O grupo que participou das agressões foi encontrado em uma residência, no bairro Jardim Tijuca, por policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigações). O adolescente apreendido acusado de dar o golpe com a garrafa quebrada foi encaminhado para a Unei (Unidade de Educação e Internação).

Vídeo

No vídeo, por volta das 4h29, aparece Luís à frente tentando fugir de um grupo. A vítima força o portão insistindo em entrar, os autores recuam quando ele consegue ingressar na casa. Uma suspeita, uma mulher trans, ainda arremessa um objeto no quintal.

As imagens também mostram que um dos suspeitos parece segurar uma garrafa de vidro, possível arma do crime. Eles desistem e voltam o caminho após a vítima entrar na casa. Segundo moradores, Luís chegou a pedir socorro, mas entrou desfalecendo. “Não vou aguentar”, disse antes de morrer.

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