O assassinato de Luis Henrique Rodrigues, de 30 anos, com uma garrafa quebrada em uma tabacaria no , em , aconteceu depois de uma ser xingada pela vítima. Um adolescente de 17 anos é acusado de ser o autor e será transferido para (Unidade Educacional de Internação). Além de ter sido golpeado no tórax e cabeça, Luis também foi agredido por um grupo de pessoas.

De acordo com o delegado Lucas Caires, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, o menor pode ficar até cinco dias na delegacia até ser transferido para uma Unei.

“A irmã dele, que é trans, ficou presa por receptação e lesão. O menor que deu a garrafa pro autor utilizar vai responder por participação em homicídio, mas foi liberado ao responsável. Os demais ouvidos, a exceção de uma grávida menor que não participou das agressões, respondem inicialmente por lesão corporal dolosa”, disse o delegado.

“A briga teria começado em virtude da vítima ter xingado a menina grávida a princípio”, a jovem grávida é amiga do adolescente que está apreendido. “A irmã dele (adolescente apreendido), que é trans, foi tirar satisfação com a vítima, com isso, a vítima e a jovem trans se agrediram. Ele alega que foi pra proteger a irmã de ser agredida. A princípio a irmã dele estava agredindo a vítima junto com mais outras 5 ou 6 pessoas”, disse o delegado.

Segundo as oitivas, Luis estaria assediando a irmã da menina grávida e, quando a irmã grávida foi mandar ele parar, ele teria xingado a mulher de “grávida desgraçada”.

“Nesse momento, a irmã do adolescente foi tirar satisfação com a vítima e a vítima lhe deu um soco. Nessa hora, todos partiram pra cima de Luis, dando chutes, socos e capacetadas”, relata.

“Com isso, o adolescente que está apreendido, então, teria começado a procurar um instrumento pra ferir a vítima e um terceiro, também menor, lhe deu uma longa neck. O autor então quebrou a long neck no meio fio e golpeou a vítima. Esse ferimento foi na região do peito, próximo ao pescoço e é o ferimento que levou a vítima a óbito”, relata o delegado Lucas Caires.

Vídeo

No vídeo, por volta das 4h29, aparece Luis à frente tentando fugir de um grupo. A vítima força o portão insistindo em entrar, os autores recuam quando ele consegue ingressar na casa. Uma suspeita, uma mulher trans, ainda arremessa um objeto no quintal.

As imagens também mostram que um dos suspeitos parece segurar uma garrafa de vidro, possível arma do crime. Eles desistem e voltam o caminho após a vítima entrar na casa.

Segundo moradores, Luis chegou a pedir socorro, mas entrou desfalecendo. “Não vou aguentar”, disse antes de morrer.