Cafetina presa durante operação contra exploração sexual de vulneráveis, na quinta-feira (23), em Mato Grosso do Sul, aliciava adolescentes e as prostituía para clientes, entre eles ex-vereadores e policiais militares, por exemplo. Um dos locais onde os programas eram feitos é a casa de um dos policiais.

A investigação iniciou após uma adolescente, de 16 anos, juntamente com a tia, denunciar a cafetina por agressão no ano passado. Na época, a menina contou que foi agredida porque a mulher achava que ela teria um relacionamento com o dono de uma conveniência.

Em depoimento, a garota contou que teve um relacionamento com um policial militar e ele era quem teria apresentado a cafetina à adolescente, dizendo que poderia arrumar um trabalho bom para ela. No dia seguinte, a autora enviou mensagem afirmando que já tinha clientes para a garota que, desde então, começou a fazer programas.

O programa era de R$ 250, sendo R$ 200 da menina. Além da casa de um policial, indicada pela menor, os programas também eram feitos em hotéis. Na casa desse policial, inclusive, foi realizada uma festa, com outras menores também se prostituindo.

A cafetina chegou a ser presa no dia 8 de fevereiro desse ano devido a cumprimento de mandado de contra ela e um homem. Com ela foi apreendido dinheiro, notebook, três aparelhos celulares, um DVR HD, e uma munição calibre .38.

Operação “Força e Pudor”

A operação aconteceu na quinta-feira (23) em . O casal de cafetões foi preso com um book de fotos de adolescentes, que era usado como forma de “cardápio” para possíveis clientes.

A DAM de Bataguassu indiciou 14 pessoas, entre servidores públicos, empresários e ex-vereadores.

A investigação da polícia buscava autoria de agenciadores, clientes e proprietários de ranchos e motéis. Com isso, mais de 20 pessoas foram ouvidas e sigilos telefônicos e bancários foram quebrados.