CAC tentou fugir e foi ameaçado antes de atirar na cabeça de amigo: ‘não corre senão fica pior’

Crime aconteceu no bairro Coronel Antonino, em Campo Grande

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Polícia no local do crime em Campo Grande (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Octavio Cardoso Domingos foi morto com um tiro na cabeça no fim da tarde dessa quinta-feira (5), no bairro Coronel Antonino, quando tentou matar o amigo, um CAC (Colecionador Atirador Desportivo e Caçador) dentro de sua casa. Octavio chegou à residência do CAC com duas armas.

Ao delegado Rodrigo Camapum, responsável pela investigação inicial, o CAC disse que os dois se conheciam há vários anos e que o amigo já tinha feito, inclusive, serviços para ele. Os dois tinham uma relação próxima, com confraternizações em casa e jogos de sinuca. O colecionador disse que Octavio chegou na casa dele na tarde desta quinta com uma caminhonete azul.

Como de costume e por conhecer Octavio, ele abriu o portão para o amigo, que desceu da caminhonete com duas armas nas mãos dizendo: “Ô bichão, bichão, vou fazer uma coisa agora que não tem mais volta, e não adianta correr não porque senão vai ficar pior”.

Nesse momento, o CAC pediu para que ele não fizesse nada e começou a se afastar de Octavio.

Em seguida, segundo o depoimento do CAC, ele correu e entrou em casa para buscar sua arma, uma pistola .380. Na sequência, Octavio passou a atirar contra as janelas e portas na tentativa de acertar o morador. O CAC fez um disparo acertando a cabeça de Octavio que caiu no chão e morreu no local. 

Quando a polícia chegou ao local, Octavio estava sobre uma poça de sangue e as duas armas próximas ao corpo. O CAC não soube dizer quantos tiros foram disparados entre os dois. As armas foram recolhidas.

Dentro do veículo de Octavio foram encontradas 17 munições calibre .38 e 56 munições calibre .22, intactas. No local dos disparos, foram encontrados dois projéteis deformados, um encamisado e quatro estojos, que foram recolhidos e apreendidos pela perícia.

O caso segue em investigação.

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