Bebê que caiu do 3º andar apresenta melhora, mas permanece internada na Santa Casa

Menina permanece na ala vermelha, mas respira sem ajuda de aparelho

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Criança caiu de, aproximadamente, 15 metros de altura (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Bebê, de quatro meses, – que foi internada em estado gravíssimo depois de cair da janela do apartamento onde mora com a mãe e dois irmãos, na última terça-feira (12) – apresentou melhora e o estado de saúde não é mais considerado gravíssimo. A criança permanece internada na Santa Casa de Campo Grande, mas respira sem auxílio de aparelhos.

A informação foi confirmada por familiares na tarde desta quinta-feira (14) à equipe de reportagem do Jornal Midiamax. Após receber alta médica, a bebê retornará para casa. Os irmãos, de 7 e 3 anos, que foram levados para um abrigo, logo após o acidente, também devem retornar para a mãe.

Nesta manhã, a mulher, que estava presa por abandono de incapaz e lesão corporal grave, passou por audiência de custódia, foi liberada e em seguida prestou depoimento na Depca (Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente) para expor melhor os fatos.

Segundo a delegada responsável pelas investigações, Nelly Macedo, o homem que se apresentou como pai da bebê, mas não registrou a criança, vai responder por abandono material, por não ajudar financeiramente. O pais da outras duas crianças, de 7 e 3 anos, também será intimado. A Polícia investiga a responsabilidade dos pais pela ausência paterna.

“Podemos perceber que esta mãe estava sobrecarregada há algum tempo com três crianças sozinhas, então, vamos apurar uma possível responsabilização deles, e ver se estavam cumprindo com as obrigações.”, declarou a delegada.

O advogado Alfio Leão, que representa a mãe, afirmou que a guarda das crianças ficará com ela. Ele também disse que foi solicitada uma bolsa de ajuda financeira para a mulher que recebe R$ 1.300 na função de auxiliar de serviços gerais.

Queda do 3º andar

De acordo com a Polícia Civil, a bebê estava no apartamento com a irmã e o irmão, de 7 e 3 anos. A mãe das crianças não estava na casa e a menina mais velha cuidava dos dois irmãos mais novos quando ocorreu o acidente.

Conforme relatos, a bebê estava chorando e a irmã tentava acalmá-la. A menininha se aproximou da janela – no apartamento que fica no 3º andar – para mostrar para a bebê as crianças que estavam brincando no pátio do condomínio, quando aconteceu a queda de, aproximadamente, 15 metros de altura.

As crianças que brincavam pelo condomínio e outros moradores viram o momento em que a bebê caiu. A mãe não estava em casa e foi informada por telefone sobre o acidente.

A mulher pediu que ninguém mexesse na bebê até a chegada do Corpo de Bombeiros, no entanto, uma vizinha que tem curso de primeiros socorros, se apresentou e pediu para auxiliar no socorro. Com autorização da mãe, a mulher fez massagem cardiorrespiratória e pediu ajuda para que ela fosse levada com urgência para o Hospital.

Um vizinho que estava de carro levou a mãe, a bebê e a vizinha até o Hospital Regional. Durante o trajeto, a moradora continuou com o procedimento de reanimação e foi ela quem deixou a bebê na emergência aos cuidados de enfermeiros. Devido à gravidade do caso, a menina foi transferida para Santa Casa.

Equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Polícia Civil foram acionadas. À reportagem do Jornal Midiamax, vizinhos disseram que a mãe das crianças procurava por uma babá para cuidar dos filhos porque terá que retornar para o trabalho ainda neste mês, quando termina a licença maternidade.

Denúncia no Conselho Tutelar

A criança de sete anos não estava estudando. A escola, onde a menina estava matriculada, procurou o Conselho Tutelar por duas vezes para denunciar a ausência da criança.

A primeira denúncia feita pela escola foi no dia 11 de novembro de 2022, relatava a evasão escolar já que a criança não estava realizando as atividades pedagógicas. A outra denúncia feita pela escola foi registrada no dia 17 de maio deste ano pelo mesmo fato. Os dois casos são anteriores ao nascimento da bebê que tem 4 meses.

O Conselho Tutelar Sul, confirmou as denúncias sobre a ausência da menina na escola e disse que a mãe foi chamada ao Conselho e não compareceu. O advogado da mãe garantiu que a mãe tentou mudar o horário da filha na escola, mas não conseguiu vaga, e por isso, vai ser feiro o pedido de vagas de creche e escola para as crianças.

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