Assassino de Bruno em condomínio diz que cometeu crime para defender a esposa agredida

O autor da facada que matou Bruno Aparecido Gabilão Cadete, de 28 anos, em um condomínio no Bairro Jardim Tijuca, em Campo Grande, na noite do dia 10 de agosto, se apresentou na delegacia com advogado e a esposa, que também prestou depoimento, uma semana depois (17).

O homem contou que naquela noite o casal havia brigado e ele havia decidido ir embora. Segundo o Delegado da 6ª DP, Sam Ricardo Aranha, responsável pelas investigações, as imagens de câmeras de segurança mostram, inclusive, o homem indo e vindo de dentro da casa, colocando algumas coisas no carro e discutindo com a esposa.

Em certo momento, a vítima apareceu, não gostou da discussão e iniciou uma briga com o autor.

Ainda segundo relato, a esposa do autor teria falado para a vítima: “Deixa ele ir embora então”, mas teria sido surpreendida por um soco de Bruno.

Ao ver a situação da esposa agredida, o autor desferiu um golpe de faca e fugiu.

Duas testemunhas que estavam no condomínio foram ouvidas, porém, elas não presenciaram o crime ou a discussão, apenas informaram que ouviram a briga.

Outras pessoas identificadas através das imagens de câmeras de segurança devem prestar depoimento também.

O homem prestou depoimento e foi liberado por não estar em flagrante e não existir pedido de prisão preventiva. Segundo o delegado, logo em seguida o advogado do acusado mostrou interesse em apresentá-lo e, por possuir residência fixa, não houve necessidade do pedido de prisão preventiva no momento.

Ele será indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil.

O autor, segundo a polícia, já foi condenado por tráfico de drogas.

Assassinato

A confusão teria começado com uma briga de casal – o autor e sua esposa – e Bruno teria se incomodado.

A síndica do local disse que o suspeito e a vítima começaram uma briga por volta das 22 horas, sendo que o autor, que já foi identificado, desferiu uma facada no tórax de Bruno. A vítima chegou a ser socorrida até a unidade de saúde do CRS (Centro Regional de Saúde) Coophavila II, mas acabou não resistindo e morrendo.

Segundo informações da síndica aos policiais militares que atenderam à ocorrência, após desferir as facadas, o autor fez ameaças a vários moradores e disse que se Bruno não morresse, ele voltaria até o condomínio.

O autor fugiu em um veículo Fiat Uno, de cor azul. Um celular que seria do autor foi apreendido no local.