Alta periculosidade: medida alternativa é negada e Maníaco da Cruz vai continuar internado
Perícia médica confirma que jovem responsável por crimes há 15 anos ainda tem transtorno
Thatiana Melo –
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Descrito em laudo médico como de alta periculosidade, com transtorno de personalidade antissocial, Dyonathan Celestrino, que ficou conhecido como Maníaco da Cruz após uma série de assassinatos em Rio Brilhante, há 15 anos, deve continuar internado em ala psiquiátrica. Ele foi acusado como responsável por três mortes.
A perícia médica feita no começo deste ano foi realizada após pedido de medida alternativa, quando foi relatado o grau de periculosidade de Dyonathan Celestrino.
“E, realizado exame pericial a fim de se constatar a permanência ou cessação da periculosidade do condenado, veio aos autos laudo pericial atestando que o sentenciado possui ‘características que contemplam critérios diagnósticos para transtorno de personalidade antissocial comórbido com transtorno de personalidade limítrofe (borderline) e características do cluster b dos transtornos de personalidade erráticos, dramáticos e impulsivos’, tendo o perito indicado a continuidade da medida de segurança na forma de internação, já que ainda possui moderada-alta periculosidade”.
Foi pedido, então, que o Maníaco da Cruz continuasse internado. “Sendo assim, como expresso pelo Ministério Público, não havendo sido constatada a cessação da periculosidade do custodiado, deve ser mantida a medida de segurança”. A decisão da manutenção da internação é do dia 20 de janeiro deste ano, pelo magistrado Fernando Chemin Cury, Juiz de Direito.
Vítimas do Maníaco da Cruz
As vítimas de Dyonathan foram Gleice Kelly da Silva, 13 anos, Letícia Neves de Oliveira, 22 anos, e Catalino Gardena, 33 anos. O serial killer foi identificado após a polícia encontrar uma mensagem no Orkut de Gleice, deixada pelo adolescente que usava o nome “Dog Hell 666”.
Foi solicitada quebra de sigilo telefônico e a polícia identificou que Dyonathan ligava para ela até mesmo após a morte. Em outubro de 2008, ele acabou apreendido em casa e foi internado na Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã. Anos depois, em 2013, ele fugiu para o Paraguai, mas foi encontrado e preso.
Na época em que foi apreendido, Dyonathan disse que matou as vítimas porque elas não seguiam os preceitos de Deus. Isso porque, segundo ele, Catalino era alcoólatra e homossexual, Letícia era travesti e Gleice seria usuária de drogas.
Foi determinada a interdição de Dyonathan e a medida de segurança o mantém internado no IPCG, na ala de saúde. Foi apontado que ele era inapto a voltar ao convívio social. Recentemente, Dyonathan foi condenado por ameaçar um agente.
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