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Polícia

Agepen suspende grupo que atua em rebeliões em presídios de Corumbá

Segundo sindicato, em caso de rebeliões em presídios, chegada de equipe da Capital pode demorar até oito horas
Danielle Errobidarte -
Foto: Henrique Arakaki - Arquivo Midiamax

Uma CI (Comunicação Interna) da (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), do dia 23 deste mês, suspendeu as atividades do COPE (Comando de Operações Penitenciárias) de Corumbá, cidade a 429 quilômetros da Capital, a partir da próxima quinta-feira (1º). Os policiais penais que atuam na cidade que faz fronteira com a devem ser remanejados para outras unidades e temem pela demora no tempo-resposta das ocorrências.

Conforme o documento, ao qual o Jornal Midiamax teve acesso, todos os equipamentos – incluindo armas, munições, veículos e insumos – do Cope devem ser remanejados. Policiais penais do município ouvidos pela reportagem destacam que, em situações de rebelião e crime, a resposta vinda da Capital para Corumbá pode demorar de seis a oito horas. Segundo eles, os policiais foram comunicados na última quinta-feira (25).

“Quanto aos policiais penais lotados no referido polo, estes serão remanejados, através da Divisão de Estabelecimentos Penais, para o Grupamento de Escolta Penitenciária (GEP), considerando a expertise nas ações de escolta”, diz o documento.

Documento enviado ao COPE de Corumbá. (Foto: Reprodução)

Segundo os policiais ouvidos pelo Midiamax, o Cope é responsável pelas escoltas de alto risco e controle de crises nos presídios em situações de rebelião. Já o GEP é responsável por escoltas em geral, com menor potencial de riscos, além de vigilância de guarda dos presídios e custódia de presos em hospitais.

“O copeano tem que passar por uma série de testes, ter feito o curso que o capacita para trabalhar no grupamento, de no mínimo 20 dias em sistema de internato, enquanto para ser do GEP é o curso básico de no máximo cinco dias”, afirma um policial penal, que pediu para não ser identificado.

 “O polo do Cope de Corumbá é responsável por atuar em toda a região oeste do Estado, abrangendo as cidades que possuem unidades prisionais como Corumbá, Aquidauana, Dois Irmãos do Buriti e ”, diz outro policial penal de Corumbá.

Conforme nota oficial divulgada pelo SINSAP (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária), a decisão surpreendeu os servidores do grupamento e mobilizou a busca por apoio político para reverter a decisão. “Essa atuação é essencial para solucionar imediatamente a crise e também para evitar que a crise se agrave e transforme em uma rebelião. Quando a crise tomar maior proporção, é necessário acionar a tropa do COPE de Campo Grande. Nesses casos, o COPE CG levará cerca de 2h para juntar os integrantes e mais 5h para se deslocar até Corumbá”, diz a nota.

Ainda segundo o sindicato, no mês de abril o Cope de Corumbá realizou 45 escoltas, sendo 11 entre diferentes cidades. “Em nenhum momento, os servidores foram chamados para uma conversa franca, para saberem as razões consideradas pela AGEPEN que culminou com essa decisão”, diz o presidente do SINSAPP, André Santiago.

Por meio de nota, a assessoria da Agepen confirmou o fechamento da base do Cope em Corumbá e explicou que ” seguirá a mesma metodologia de encerramento das bases de Naviraí e , realizadas anteriormente, visando a melhor gestão de pessoal e recursos, para maior aproveitamento do efetivo, tendo em vista que atividades de escoltas foram assumidas pelo Grupamento de Escolta Penitenciária”, explica.

Ainda conforme a nota, “os cinco policiais penais que atuavam na base foram remanejados conforme a necessidade da administração”.

“Não haverá prejuízos com relação às ações de intervenção, já que, nesses casos, o efetivo do COPE em Corumbá era insuficiente, sendo necessário, de qualquer forma, aporte da equipe de Campo Grande, que possui maior efetivo e atende aos demais municípios”, finaliza o texto.

(*Matéria editada às 18h44 para acréscimo de posicionamento da Agepen)

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